Portugal
Rodolfo Correia, um treinador "globetrotter" que era um jogador "low profile"
2018-11-07 11:00:00
Antigo jogador do Estrela da Amadora e do FC Porto, como técnico, aos 41 anos, tem passagens por seis países diferentes

Rodolfo Correia, apontado a integrar a equipa técnica do holandês Marcel Keizer no Sporting, é aos 41 anos um "globetrotter" com passagem por seis países diferentes e que já 'bebeu' quer como adjunto quer como jogador dos ensinamentos de treinadores portugueses como Fernando Santos, Jorge Jesus, Carlos Queiroz, Jesualdo Ferreira e Toni, entre outros. Lázaro Oliveira jogou com ele nos tempos do Estrela da Amadora, nos anos 90, e só tem elogios para o antigo companheiro de equipa.

"É uma pessoa fantástica, muito metódica, que lutou e trabalhou muito para chegar onde chegou. Como jogador, era um médio defensivo, era um estratega, eu jogava a oito e ele a seis. Era um jogador low profile, não se preocupava em termos individuais, era muito coletivo. Acabou por atingir alguma notariedade, ao representar o FC Porto, mas sempre foi um jogador de grupo".

Lázaro jogou com Rodolfo no Estrela da Amadora nos anos 90 e não está surpreendido com a chamada do antigo companheiro de equipa para fazer parte do novo projeto do Sporting. "Não surpreende. Ele foi-se preparando. Tem um percurso por diversas paragens do mundo e acumulou muita experiência e uma rede de contatos muito grande, daí que não seja de espantar esta ascensão meteórica"

Aos 41 anos, Rodolfo prepara-se para assumir o cargo de treinador adjunto do Sporting, na equipa técnica de Keizer. Mais um salto na carreira deste técnico que em agosto era chamado para orientar a equipa B do Al Hilal, da Arábia Saudita, clube para o qual Jorge Jesus se mudou depois de sair do Sporting, no último verão. Antes da aventura na Arábia Saudita, o antigo médio defensivo, que representou FC Porto, Estrela da Amadora, Académica, Varzim e Beira-Mar enquanto jogador, fazia parte da equipa técnica de Carlos Queiroz na principal seleção do Irão, onde marcou presença no Mundial de 2018. Naquele país asiático, Rodolfo foi adjunto de outro treinador português de nomeada, Toni, em 2014/15.

A carreira de Rodolfo como treinador de futebol iniciou-se em 2012/13, como adjunto de Jesualdo Ferreira no Panathinaikos, da GRécia função que desempenhou mais tarde em clubes como Paraná, do Brasil (com Milton Mendes, antigo jogador do Belenenses e Beira-Mar), Zawisza Bydgoszcz, da Polónia (com Jorge Simão) e Olhanense, onde foi adjunto de Jorge Simão, naquela que foi a sua última passagem por Poiortugal, até que em 2014 foi para o Irão. Antes de trabalhar com Queiroz no Mundial 2018, esteve nos Estados Unidos, em 2017, teve uma passagem pelo Harrisburg City Islanders, dos EUA.

O português trabalhou ainda com Carlos Queiroz no Mundial 2018, como adjunto da seleção do Irão, e antes disso esteve nos Estados Unidos, no Penn FC. Foi também adjunto de Toni, no Traktor, e de Jorge Paixão, no Zawisza Bydgoszcz, da Polónia. A última vez que trabalhou em Portugal foi em 2014/15, no Olhanenses, também como adjunto.

Como jogador, o ponto alto do jogador "low profile" como o define Lázaro Oliveira foi uma época no FC Porto, em 1999/2000, isto depois de ter dado nas vistas no Estrela da Amadora, onde "apanhou" Fernando Santos e Jorge Jesus, este último que anos mais tarde o convidou para ir trabalhar para o Al Hilal. Depois disso passou por Beira Mar, Varzim e Académica e em Coimbra chegou a cruzar-se com Artur Jorge. Acabou a carreira de jogador cedo, depois de várias lesões, e zangado com o futebol decidiu tirar o curso de Turismo. Mas o "bichinho" falou mais alto e abraçou a carreira de treinador onde aos 41 anos já trabalhou em seis países diferentes: Grécia, Brasil, Polónia, Estados Unidos, Irão e Arábia Saudita. O regresso a Portugal para fazer parte do novo projeto do Sporting parece ser o próximo passo de uma carreira curta mas já com muito mundo.