Paulo Meneses, presidente do Paços de Ferreira, comentou os vários casos positivos de covid-19 nos plantéis da I Liga e considera que se está a “adiar o inevitável”.
Em declarações à Rádio Renascença, o dirigente deixa um alerta para o que resta do campeonato e refere que a exceção que se está a abrir para o futebol “vai ter consequências”.
“O Paços de Ferreira tem a noção exata de que vai sempre ser acusado de que pretende que o campeonato não se realize pela posição débil que ocupa na tabela classificativa. Mais do que isso, muito mais do que isso, tem a ver com a saúde pública que todos nós apregoamos, mas que depois relativizamos em face dos interesses, os económicos”, afirmou Paulo Meneses.
Com casos confirmados no Benfica, Famalicão, Vitória de Guimarães e Moreirense, o presidente confessa que já se aconselhou com o departamento médico do clube pacense.
Ao mesmo tempo, Paulo Meneses indica que há receio, dentro do clube, que haja mais casos no futebol português, o que poderá por em causa o que resta do campeonato.
“Preocupa-me que possamos já ter vários casos no futebol português, que vão surgindo a cada dia. Com este crescendo, tenho receio que possamos estar perante uma situação de impossibilidade de conclusão do campeonato”, salientou.
Atualmente na 16.ª posição do campeonato, o Paços de Ferreira pede a realização de uma reunião com todos os clubes da I Liga e Pedro Proença, presidente da Liga.
“Estou ansioso por uma reunião em que possamos discutir isso. Uma reunião que já tarda. Estamos perante factos e temos de tomar posição”, comentou.
Zé Luís, Soares e Danilo, jogadores do FC Porto, já mostraram desagrado com as condições que estão previstas para a Liga regressar.
O treinador do Portimonense, Paulo Sérgio, entende que os intervenientes do futebol foram “jogados para a linha de tiro, sem coletes, tipo cobaias”.