André Villas-Boas confessou, numa entrevista, que faz parte dos seus planos presidir ao FC Porto e que pretende terminar a carreira de treinador aos 45 anos, para dar início a um projeto ligado a gestão desportiva.

Aquela declaração foi vista como um pré-anúncio de uma candidatura à liderança portista, na sucessão a Pinto da Costa.

No programa Trio D’Ataque deste domingo, na RTP3, António Oliveira – também ele apontado como um potencial candidato do emblema da Invicta – foi convidado a comentar aquela declaração do atual técnico do Marselha.

“Não quero más interpretações. Ando nisto há muitos anos. Tenho mais idade do que a maior parte das pessoas têm de sócio, até. Nós temos um presidente no ativo, que vai recandidatar-se, para um mandato de mais quatro anos. Parece-me intempestivo, do meu ponto de vista. E isso é a opinião do sócio. É o sócio, há 52 anos, que está a falar”, começou por dizer.   

Não obstante reconhecer que qualquer portista tem “legitimidade” para sonhar com aquele cargo, o antigo selecionador nacional lembrou que Pinto da Costa está em funções e não tenciona retirar-se.

“Qualquer portista, qualquer sócio, qualquer pessoa que ame o FC Porto, tem esta legitimidade. Tem esta ambição. Se formos para a porta do metro, ou de um café, com um microfone, questionar se as pessoas gostavam de ser presidentes do FC Porto, as pessoas respondiam que ‘adoravam’, ou ‘é o meu sonho’. Todos têm essa legitimidade”, explicou ainda.

António Oliveira quer um ato eleitoral concorrido, mas não tão cedo: prefere ver Pinto da Costa na presidência pelo menos durante a próxima década.

“Espero que apareçam muitos mais Villas a candidatarem-se, mas só daqui a 10 ou 15 anos”, realçou.

"Este meu presidente é que é o melhor do mundo, o melhor presidente do FC Porto de todos os tempos. Está na sua perfeita saúde, está senhor de todas as suas capacidades. Tem um mandato de mais quatro anos a somar a este anterior. Eu espero que apareçam tantos candidatos quantos se sentirem legitimados, com ambição e com portismo, mas só daqui a 10 ou 15 anos”, repetiu.

Pode ver esse momento neste vídeo, a partir da 1h07m00s de programa.