Portugal
"Quando se tem ‘cavalos de corrida', perdoem-me a expressão, temos de potenciar"
2019-05-23 14:45:00
Lage a aposta em Félix, Seferovic, Gabriel, Rafa, entre outros

O treinador Bruno Laje revelou hoje que "'meter' João Félix" na equipa foi a "primeira coisa" em que pensou quando soube que iria substituir Rui Vitória no comando do Benfica, recém-sagrado campeão nacional de futebol.

"Foi a primeira ideia que me veio à cabeça: meter o ‘miúdo'. Pensei logo que, pela forma como ele se movimenta na procura dos espaços à frente da defesa, e como o Seferovic o faz nas costas, ligariam muito bem", assinalou o técnico, numa conversa aberta com jornalistas.

Lage nunca escondeu a importância que o jovem avançado benfiquista, de 19 anos, teve na conquista do 37.º título de campeão nacional e, nesse sentido, quando questionado sobre se pagaria 120 milhões de euros para contratar João Félix, disparou que "pagava para ele não sair".

"O João [Félix] tem quatro ou cinco meses de Benfica, pelo que deveria ter a oportunidade de consolidar esta meia época fantástica, conquistar o seu lugar na seleção portuguesa e depois, já com outra maturidade, lançar-se com passos mais sólidos", aconselhou o treinador.

Na mesma linha, o técnico lembrou palavras recentes do avançado internacional argentino Nico Gaitán, que assumiu ter sido "um passo atrás" ter trocado o Benfica pelo Atlético de Madrid.

"É uma afirmação interessante. Acredito que não seja fácil para um jovem de 19 ou 20 anos sair para o desconhecido, trocar de clube e ao chegar lá ter de provar toda a sua qualidade, tal como fez aqui", analisou o técnico ‘encarnado'.

Sem esquecer todos os outros elementos do plantel, Lage encontrou, também, uma característica comum a vários jogadores da equipa e assumiu que foi em redor desse ponto comum que montou a estratégia vencedora.

"Quando se tem estes ‘cavalos de corrida', perdoem-me a expressão, temos de potenciar ao máximo as suas características. Com jogadores como Rafa, Pizzi, Seferovic e Félix a estratégia passa por fazer uma pressão muito forte à saída do adversário e ter uma transição defensiva muito forte", explicou.