O Rio Ave emitiu esta terça-feira um esclarecimento a respeito das condições de segurança da bancada nascente, que obrigou ao adiamento do jogo contra o Vitória de Guimarães, na 1.ª jornada do campeonato. O emblema de Vila do Conde faz saber que "há quatro meses" solicitou um estudo de engenharia para aferir da real situação da bancada e que as conclusões desse estudo chegaram "no dia 8 de agosto de 2019, uma quinta-feira, 72 horas antes do jogo com o Vitória de Guimarães".
Perante a análise, segundo cita o Rio Ave, a opinião dos engenheiros era a de que "atendendo ao estado… da maioria dos elementos estruturais da bancada… a normal utilização da bancada, na sua função de suportar ações provenientes da sobrecarga do público, está severamente comprometida".
Assim sendo, "por razões de segurança estrutural, recomenda-se ao dono da infraestrutura, como medida imediata, a suspensão da utilização da bancada para qualquer tipo de atividade que envolva a presença de público".
O Rio Ave lamenta ainda que tenha tido conhecimento apenas naquele dia, a poucas horas da realização do jogo do campeonato. Mesmo assim, explica o Rio Ave FC, o clube "optou responsavelmente pelo encerramento da bancada até que fossem aprofundadas as condições ou pormenores que resultariam de uma análise mais profunda".
Além disso, o clube de Vila do Conde revela que "jamais colocou a hipótese de ignorar ou omitir este facto que lhe foi comunicado, ainda que não haja qualquer interdição de uso do espaço ou que este esteja em risco de ruína".
Quanto à realização do jogo, o Rio Ave explica que apresentou um conjunto de medidas para que o duelo fosse realizado, mesmo que apenas fosse utilizada a bancada poente e ficasse reservada uma zona para os adeptos vimaranenses.
Porém, a polícia manifestou desconforto com esta situação. "Surgiu da parte das forças de segurança (PSP) a informação que os responsáveis haviam transmitido aos graduados presente na reunião que não estariam reunidas as condições de segurança adequadas para a realização do evento. A justificação apresentada baseava-se no receio de reação tumultuosa dos adeptos visitantes que iriam ficar sem os ingressos ou impedidos de o adquirir, dado que teria de haver uma redução para 900 lugares", explica o Rio Ave no longo comunicado.
Aqui chegados, os responsáveis do Rio Ave dizem que "não haveria outra solução senão ter de aceitar a nova calendarização do jogo com o Vitória de Guimarães", ainda que essa solução "não fosse ao encontro" do seu "interesse desportivo".
O clube vilacondense refere ainda que "até que seja realizada uma análise mais profunda ao relatório, a bancada fica encerrada ao público".