O Rio Ave empatou a zero frente ao FC Paços de Ferreira, na capital do móvel, assegurou a quinta posição no campeonato, igualando a melhor classificação de sempre da sua história, e tem lugar garantido na Liga Europa da próxima temporada, caso o Sporting triunfe na final da Taça de Portugal diante do Desportivo das Aves. Já a equipa da casa deixou a zona de despromoção com mais um ponto do que os últimos classificados, Vitória de Setúbal e Estoril Praia, remetendo uma decisão final quanto à continuidade no escalão maior do futebol português para a última jornada.
Sem Francisco Geraldes, a cumprir castigo, Miguel Cardoso apostou em Pedro Moreira, que formou com João Novais e Diego Lopes um trio no meio-campo no apoio mais direto a Guedes, o homem mais avançado no terreno. Já a equipa liderada por João Henriques surgiu com Ricardo na zona central da defesa, em detrimento de Rui Correia, e Pedrinho no meio-campo em substituição de Gian. O camisola 12 formou com Assis a dupla de médios da zona central com Xavier e Vasco Rocha a descaírem para as alas.
O Rio Ave, a quem um empate bastava para consumar a conquista do quinto lugar, entrou dominador no jogo, impôs o seu estilo e remeteu o FC Paços de Ferreira, em luta pela continuidade no escalão maior do futebol português, para terrenos mais recuados. Miguel Cardoso deu música ao adversário e a posse de bola chegou a atingir os 70 por cento, mas a verdade é que a equipa vila-condense só criou uma ocasião de golo, por intermédio de Tarantini, que rematou para uma complicada defesa de Rafael Defendi. Tantas oportunidades como a equipa da casa, que apostava em rápidas transições para tentar incomodar o último reduto dos visitantes. Na melhor ocasião de que desfrutou Luiz Phellype rematou para uma bela parada de Cássio, a negar autenticamente o golo aos pacenses. O jogo chegou, assim, ao intervalo sem que qualquer das equipas tenha marcado, pese embora o intenso, mas inconsequente, domínio do Rio Ave, que controlou o desafio durante todo o primeiro tempo.
No segundo tempo, o FC Paços de Ferreira não foi na música do Rio Ave. Entrou com outra predisposição e aos 51 minutos foi Marcelo com um corte providencial quem evitou o golo da equipa da casa. No minuto seguinte, Luiz Phellype atirou para o fundo das redes, mas o lance acabou (bem) anulado por João Pinheiro tendo em linha de conta que o avançado pacense estava em posição de fora de jogo no momento do cabeceamento.
Com a equipa da casa, mais subida no relvado, a ocupar melhor os espaços, o jogo estava agora numa toada de parada e resposta. Depois do FC Paços de Ferreira, foi a vez do Rio Ave ameaçar com perigo. Aos 69 minutos, Diego Lopes, livre de marcação, teve tudo para marcar, mas rematou ao lado do poste esquerdo da baliza defendida por Defendi.
As substituições efetuadas por ambos os treinadores mostraram a intenção de vencer o jogo, com Miguel Cardoso e João Henriques a conferirem maior capacidade atacante às suas equipas. Todavia, o resultado acabaria por ficar como começou, a zeros, muito por culpa de Cássio, que no segundo minuto de compensação efetuou a defesa da noite ao evitar o golo de Ricardo com uma magnífica estirada.
