Augusto Inácio, treinador do Desportivo das Aves, lamentou que a partida frente ao Boavista, especialmente a primeira parte, não tenha sido um grande espetáculo de futebol, mas lembrou que o que importa neste altura são os pontos.
"Se eu fosse espetador, também não gostaria de assistir à primeira parte. Foi um jogo muito tático, amarrado às posições, com as equipas a não querem dar espaço. Entrámos fortes na segunda parte, com uma dinâmica diferente. Marcámos primeiro e isso foi fundamental para gerir o jogo. O Boavista ateve apenas uma situação, não incomodou mais, porque estivemos muito bem defensivamente. Era injusto se estivesse em causa a vitória do Aves. Se não jogamos com piano ou violino, não quero saber disso para nada. O que interessa é que conquistámos os três pontos", analisou.
O técnico reforçou a "personalidade forte" que fez a equipa chegar à vitória e ficar mais próxima dos 36 pontos que, acredita, garantem a manutenção. Depois foi confrontado com a dedicatória do golo, numa semana difícil pela perda da mãe.
"Foi um momento tocante, numa semana complicada para mim. É o reflexo da nossa vivência diária aqui no Aves. Na quarta-feira de manhã, ainda estive no treino, na Póvoa, e ao fim da tarde apareceu a equipa técnica toda, o Vieira, em nome da direção e do clube. Foram ter à capela onde estava a minha mãe e registei. Uma viagem de quase 700 quilómetros para me dar um abraço. São estas coisas que mexem. Esta vitória é da minha mãe", rematou.