José Peseiro avaliou o encontro entre o Sporting e o Empoli, explicou a utilização de dois médios de maior contenção e afirmou ainda esperar reforços, mas apenas se forem jogadores que sejam mais valias e que cheguem ao Sporting para acrescentar algo mais à equipa. O treinador do Sporting não garantiu o mesmo onze para o encontro frente ao Moreirense, mas afirmou que será muito próximo daquele que hoje entrou em campo frente ao Empoli.

"Em função do que é o nosso momento de estado, entendo que neste momento temos de preservar a consistência e a estabilidade da equipa. Vários jogadores não têm ou não tiveram até agora condições para estarem no seu melhor. O Sporting poderá em algum momento de certeza não jogar com dois médios de contenção como jogou. Mas isto tem a ver com um processo. O Coates não tinha feito nenhum jogo e jogou não sei quanto tempo. O Battaglia igual. O Bruno Fernandes também. O Acuña atrasadíssimo na preparação. O Bas Dost como está. Para nós o importante era ter estabilidade na equipa. No próximo jogo com o Moreirense vai ser uma equipa mais estável, mais concentrada e mais equilibrada. O Sporting daqui a um mês ou dois irá jogar de outra forma. Eu prefiro neste momento a estabilidade e a consistência do que passar por riscos que neste momento não temos condições para passar", explicou José Peseiro.

"Estamos a trabalhar muito, acho que bem, em todas essas questões. Eu querendo dar estabilidade, serenidade e confiança, e a CG e o presidente a procurar as melhores soluções no mercado para melhorar a equipa. O que queremos são jogadores que sejam mais valias, que venham para acrescentar. Essas escolhas não são fáceis. Não vale a pena vir só mais um, mas sim vir alguém para acrescentar. Até fechar o mercado poderão entrar e sair jogadores. Com quantos quero trabalhar? Não lhes vou dizer", concluiu.

Se a derrota nas grandes penalidades frente ao Empoli condiciona de alguma maneira a preparação para o Moreirense? "Não condiciona em nada. Se eu me agarrasse só a querer vencer tinham jogado os titulares todo o jogo. Podia era hipotecar três ou quatro jogadores para o jogo com o Moreirense que é mais importante do que este. Não estou a dizer que será este onze, mas estará muito próximo".

José Peseiro congratulou-se pela quantidade de oportunidades de golo criadas pela sua equipa: "Enquanto mantivemos a equipa, não digo base, mas a equipa mais consolidada criamos inúmeras oportunidades de golo. Não sei quantas, mas várias oportunidades de golo. Não termos vencido nos 90 minutos por dois, três ou quatro de diferença, ou mesmo cinco, acho que é próprio do futebol. Não foi bem injustiça, fomos nós que não concretizámos. Na segunda parte sabíamos que tínhamos algumas situações que tínhamos de gerir. Por exemplo o Acuña, o Coates, o Battaglia, o Dost, têm sete dias de treino. Outros como o Bruno Fernandes, pouco mais. E isso tínhamos de gerir. Queríamos vencer o troféu, mas não queríamos criar aqui trabalho a mais e arranjar alguma lesão. Lesionar algum destes jogadores seria mau. Foi isso que gerimos. Quando entraram alguns jogadores, fruto das várias mexidas, a equipa acabou por se ressentir. É normal. Mesmo assim criámos situações de golo, mas não conseguimos".

O treinador do Sporting prometeu uma equipa muito mais forte na estreia oficial da temporada frente ao Moreirense: "Há jogadores que temos de receber. Há jogadores para melhorar e valorizar ainda mais o nosso plantel, mas o mais importante é sabermos que não contámos com todos os jogadores até agora. O tempo de treino, de minutos, de trabalho que tivemos cria alguns problemas, não só em termos individuais e coletivos, mas também os momentos que nós tivemos. No domingo vamos estar fortíssimos, dentro daquilo que foi o plano de estratégia. Felizmente a melhor notícia que tivemos foi que nenhum jogador se lesionou".