Pedro Martins recordou um episódio semelhante ao da invasão a Alcochete, vivido pelo ex-treinador do Vitória de Guimarães no clube minhoto, em janeiro. O técnico reconheceu que a invasão ao treino do Vitória foi tão grave como a que aconteceu no Sporting.

No entanto, Pedro Martins considerou que os acontecimentos que sucederam à invasão no Vitória não foram tão graves como os que têm vindo a acontecer no Sporting. "Eu fui um líder e consegui abafar tudo o que havia para abafar no Vitória. Havia uma imagem muito importante para manter que era a imagem do clube. Que foi grave, foi. Disse-o na altura. Mas, de facto, conseguimos manter a imagem do Vitória imaculada", reconheceu o técnico em declarações ao Record, dando conta de que nunca pensou em sair do clube nesse momento.

"Ninguém gosta de ver aquilo que se viu. As medidas que foram agora aplicadas aos detidos têm de funcionar como um exemplo, demonstrando que algo assim não pode voltar a acontecer. Toda a gente tem de respeitar os profissionais. Sensível, sim, como é evidente, até porque não podemos deixar passar esta imagem para o Mundo inteiro. É algo que anda a acontecer pelos clubes todos e tem de acabar", prosseguiu Pedro Martins.

"O que se passou é lamentável. Fico triste pelo futebol português, acima de tudo. Este ano, o Aves não teve nada a ver com isso. Não foi um momento fácil, quer para o Jorge Jesus, quer para toda a estrutura, mas se isto acontece numa instituição os profissionais têm de dar resposta. Acho que havia condições para o encontro se realizar", concluiu Pedro Martins, em relação à realização da final da Taça de Portugal desta época.