Hugo Vieira joga no Gil Vicente, mas é também empresário e, com a ameaça dos cortes salariais a pairar sobre o futebol, admitiu que prefere receber menos do que ter de cortar no ordenado dos funcionários.
Em entrevista à Bola Branca, da Renascença, o avançado gilista falou das medidas que implementou nos outros négocios a que está ligado, nos setores têxtil, construção civil e turismo.
"Fomos dos primeiros a fechar", revelou: "Há um mês que fechámos e é muito complicado".
O cenário do lay-off ainda não foi abordado dentro do Gil Vicente, mas o jogador prometeu "respeitar" a decisão do clube.
"Isto vai ser complicado para toda a gente. Mais vale tirarem-nos alguma a coisa a nós, jogadores, do que eu ter de cortar aos meus funcionários, que recebem muito menos do que nós e precisam de colocar comida na mesa para as suas famílias", sustentou Hugo Vieira.
Foi em janeiro que o avançado, de 31 anos, regressou ao Gil Vicente, para "jogar", mas a 12 de março o campeonato parou, devido à pandemia de covid-19.
"Não escondo que o meu objetivo era voltar ao Gil Vicente para jogar. Claro que eu gostava que o campeonato continuasse, para que a verdade desportiva falasse mais alto, mas vou respeitar a decisão que seja tomada porque isto é uma questão muito séria e não podemos brincar com isto", finalizou.