O diretor clínico do Benfica, Ricardo Antunes, olha com expetativa para a evolução do Covid-19 em Portugal.

Em entrevista à plataforma da Liga Portugal, o médico mostra-se preocupado em relação ao coronavírus, mas, por outro lado, destaca o comportamento da população portuguesa.

“Estou preocupado, como a maioria das pessoas, mas olho de uma forma positiva para o futuro. Nesse sentido, acho que os nossos jogadores estão a ser um exemplo, e a própria Federação e os clubes, ao decidirmos isto antes de muitas das coisas estarem decididas. No sentido positivo, penso que a população portuguesa está consciente do problema”, afirmou Ricardo Antunes.

Numa altura invulgar para todos, Ricardo Antunes deixa os parabéns à forma como os jogadores do plantel encarnado estão a analisar esta pandemia, considerando que eles estão a ser responsáveis e sérios.

“Os jogadores perceberam que têm de se manter isolados e que não será adequado nem para eles, nem para a saúde pública, outra forma de trabalhar. Por outro lado, o jogador do SL Benfica sente o orgulho de estar a ser um exemplo para a sociedade e para os benfiquistas”, destacou

Com os atletas a treinarem dentro das suas casas, ao invés nas instalações dos clubes, o responsável clínico das águias elogia como o grupo de trabalho está a lidar com esta situação.

“Nós temos uma estrutura profissional, à volta dos jogadores, que é muito boa. É uma estrutura muito forte e, obviamente, que isto se estava a adivinhar e percebia-se que a qualquer momento não ia haver condições para continuar. Os atletas, por seu lado, perceberam a sua responsabilidade civil e social e dirigiram as suas forças no sentido de colaborar connosco”, comentou.

Nesta luta contra a Covid-19, o Benfica, em parceria com a Câmara de Lisboa e com a Universidade de Lisboa, doou um milhão de euros para aquisição de equipamento para o Serviço Nacional de Saúde.

Antes, o emblema liderado por Luís Filipe Vieira anunciou, na passada terça-feira, que estabeleceu um protocolo com a GNR para atribuir um apoio social a cerca de três mil idosos, no âmbito do ‘Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança’, iniciativa do Ministério da Administração Interna.