Antigo selecionador nacional, António Oliveira fala sobre o futebol português e considera que, apesar de as pessoas afirmarem-se com sendo “tolerantes e abertas ao diálogo”, os argumentos “turvam-se” quando o futebol assume papel central.
Em artigo de opinião publicado no jornal A Bola, o ex-jogador e treinador do FC Porto indica que há alguns problemas que ficaram por resolver, como o caso do fim da II Liga e a questão das subidas no Campeonato de Portugal.
Para António Oliveira, continua o “varrer para debaixo do tapete”, que transforma decisões conjunturais “em casos de desprestígio para o futebol português”.
“Os autores saem impolutos e até para posições superiores. Tal como o país, precisamos de mecanismos de controlo periódicos para impedir que escolhas apressadas castiguem o futebol”, referiu o ex-selecionador nacional.
António Oliveira indica que não basta saber organizar “o desenho das competições”, mas também ser adaptável e fazer as correções necessárias.
“Quem dirige o futebol tem de estar disponível para mudar de rumo, para não se perder no tempo”, salientou.
Sobre a luta pelo título entre FC Porto e Benfica, António Oliveira destaca que a vitória foi essencial para os objetivos do clube portista, apesar de a exibição não ter sido a melhor.
“Venceu em Paços de Ferreira impedindo golo do adversário, cerrando fileiras com o objetivo pragmático de ampliar vantagem pontual. Não foi um jogo de excelência, mas uma decisão coletiva, com forte coesão e eficácia”, indicou.
Em relação ao Benfica, que ganhou apenas dois dos últimos treze jogos, Oliveira considera que as águias estão “em crise grave”.