Portugal
“Os autores saem impolutos e até para posições superiores”, diz António Oliveira
2020-07-03 18:45:00
Ex-selecionador indica que são precisos "mecanismos de controlo periódicos"

Antigo selecionador nacional, António Oliveira fala sobre o futebol português e considera que, apesar de as pessoas afirmarem-se com sendo “tolerantes e abertas ao diálogo”, os argumentos “turvam-se” quando o futebol assume papel central.

Em artigo de opinião publicado no jornal A Bola, o ex-jogador e treinador do FC Porto indica que há alguns problemas que ficaram por resolver, como o caso do fim da II Liga e a questão das subidas no Campeonato de Portugal.

Para António Oliveira, continua o “varrer para debaixo do tapete”, que transforma decisões conjunturais “em casos de desprestígio para o futebol português”.

“Os autores saem impolutos e até para posições superiores. Tal como o país, precisamos de mecanismos de controlo periódicos para impedir que escolhas apressadas castiguem o futebol”, referiu o ex-selecionador nacional.

António Oliveira indica que não basta saber organizar “o desenho das competições”, mas também ser adaptável e fazer as correções necessárias.

“Quem dirige o futebol tem de estar disponível para mudar de rumo, para não se perder no tempo”, salientou.

Sobre a luta pelo título entre FC Porto e Benfica, António Oliveira destaca que a vitória foi essencial para os objetivos do clube portista, apesar de a exibição não ter sido a melhor.

“Venceu em Paços de Ferreira impedindo golo do adversário, cerrando fileiras com o objetivo pragmático de ampliar vantagem pontual. Não foi um jogo de excelência, mas uma decisão coletiva, com forte coesão e eficácia”, indicou.

Em relação ao Benfica, que ganhou apenas dois dos últimos treze jogos, Oliveira considera que as águias estão “em crise grave”.