Portugal
Os 23 de Luís Santos Castelo
2018-05-09 19:00:00
Na rubrica 'Os meus 23', os jornalistas e colunistas do Bancada colocam-se no papel do selecionador nacional

Guarda-redes: Rui Patrício, Anthony Lopes e Beto.
Defesas-centrais: Pepe, José Fonte, Rolando e Rúben Dias.
Defesas-laterais: Cédric Soares, Ricardo Pereira, Fábio Coentrão e Mário Rui.
Médios: William Carvalho, Rúben Neves, João Moutinho, Manuel Fernandes, João Mário e Bruno Fernandes.
Avançados: Bernardo Silva, Gelson Martins, Gonçalo Guedes, Quaresma, Cristiano Ronaldo e André Silva.

A escolha mais fácil de Fernando Santos está entre os postes. Rui Patrício tem o lugar mais que assegurado e justificado, enquanto Anthony Lopes, um guardião que tem o azar de ter como concorrente direto ao lugar o jogador do Sporting, é um suplente de topo que dá toda a segurança à Seleção Nacional. Para o terceiro posto, que só irá entrar em campo caso aconteça algo muito estranho, há alguns pretendentes, mas Beto deve e merece ser o escolhido. Saiu do Sporting com o objetivo de ir a este Mundial e tudo indica que será recompensado com isso mesmo.

As grandes dúvidas de toda a gente começam na defesa. Ninguém vai tirar o lugar a Pepe e José Fonte, a melhor dupla dos últimos anos na equipa lusitana, mesmo com o segundo a jogar na China. A partir daí, é tudo uma incógnita, mas Rolando tem tudo para ser o terceiro central da equipa do Engenheiro. Titular num Olympique Marselha a lutar pela Liga dos Campeões no campeonato e responsável pela passagem à final da Liga Europa, o antigo jogador de Belenenses e FC Porto foi chamado à Seleção Nacional pela primeira vez em quatro anos em março passado e isso prova que ninguém está desatento. A quarta vaga seria ocupada por Rúben Dias ou Bruno Alves. A minha escolha recai sobre o primeiro pela simples razão que, em 2018, é melhor jogador que o segundo. A juntar a isso, Fernando Santos dificilmente terá coragem de não levar um único jogador do Benfica à Rússia e o jovem defesa é a única águia com hipóteses.

Nas laterais, mais complicações. No lado direito, vários nomes podem ser chamados por Fernando Santos, mas só um merece a confiança a 100% por parte do selecionador: Cédric Soares. Tem sido o titular na maioria dos jogos desde que o técnico assumiu o comando e vem de uma época onde foi sempre o preferido para aquela posição no Southampton FC. Para a outra vaga o escolhido foi Ricardo Pereira, que está a ser uma das grandes figuras do FC Porto campeão nacional 2017/18. De foram ficam dois nomes com condições para serem chamados, como Nélson Semedo e João Cancelo, mas com épocas (individuais) abaixo das de Cédric ou Ricardo. Já à esquerda, Fábio Coentrão e Mário Rui partem à frente de Raphael Guerreiro e da restante concorrência. Porquê? Porque jogaram mais e melhor que o jogador do Borussia Dortmund, que não calça desde março e cujo estado físico é completamente desconhecido.

O meio-campo de Portugal é um dos setores mais ricos em qualidade e quantidade, mas há alguns nomes indispensáveis, como William Carvalho ou João Mário. Estes dois têm presença garantida na Rússia - mesmo não tendo realizado as melhores temporadas das respetivas carreiras. Com a ausência de Danilo por lesão, é necessário um suplente direto para William Carvalho, visto que Fernando Santos não se pode arriscar a não ter um médio de características mais defensivas caso o titular se lesione. Assim, Rúben Neves é a escolha mais lógica. Mais à frente, Adrien Silva e André Gomes estão entre os habituais convocados, mas nenhum deles fez por merecer o nome na lista final. Assim sendo, João Moutinho e Manuel Fernandes, com mais e melhores minutos em 2017/18 (principalmente o jogador do Lokomotiv Moscovo, são as minhas escolhas. Sobra um lugar e esse só pode ter um dono: Bruno Fernandes, o melhor jogador do Sporting em 2017/18 e um dos três melhores da nossa Liga. O médio fez uma temporada de luxo e seria um crime não o deixar ajudar a Seleção Nacional no Mundial.

A frente de ataque não tem muito que saber. Bernardo Silva, Quaresma e Gelson Martins nas alas, Gonçalo Guedes e Cristiano Ronaldo como polivalentes e André Silva como único ponta-de-lança puro. Rafa, Bruma, Eder, Rony Lopes ou Nani também podiam ser parte da equação, mas não fizeram tanto como os já referidos para irem passar umas semanas à Rússia.

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