Os meus 23
Guarda-redes: Rui Patrício, Anthony Lopes e Beto.
Defesas-centrais: Pepe, Neto, Rolando e Bruno Alves.
Defesas laterais: Cédric, Ricardo Pereira, Raphael Guerreiro e Mário Rui.
Médios: William Carvalho, Sérgio Oliveira, Adrien, João Moutinho, Bruno Fernandes e João Mário.
Avançados: Cristiano Ronaldo, André Silva, Bernardo Silva, Gelson, Gonçalo Guedes e Ricardo Quaresma.
Na baliza, é pacífico. Rui Patrício é o titular da seleção nacional há oito anos, eleito o melhor guarda-redes do último Europeu, e não há ninguém no presente a fazer-lhe sombra. Anthony Lopes e Beto estão a jogar a bom nível, e são alternativas que garantem experiência e estabilidade emocional na baliza.
Na zona central da defesa, só Pepe (35 anos) é indiscutível num sector onde a veterania é imagem de marca que pode ser problema, mas também mais-valia numa prova de curta duração, que é para hoje, e tão específica como é um Campeonato do Mundo. Por isso, não incluo Rúben Dias nos meus 23, por entender que por vezes ainda é algo impetuoso na abordagem aos lances. A chamada de Rolando (32 anos), que terminou bem a época no Marselha, traz mais estabilidade. A fiabilidade de Luís Neto (29 anos), foi o único dos centrais que deu resposta positiva com a Holanda, vale-lhe a eleição, enquanto a experiência e capacidade física de Bruno Alves, apesar dos seus 36 anos e ter passado a época no banco do Rangers, será importante em caso de necessidade. José Fonte ao ir para a China poderá ter perdido o avião para a Rússia.
Nas laterais, Raphael Guerreiro teve uma época marcada por lesões e só agora está a regressar, mas em condições é o melhor lateral esquerdo português. Mário Rui, com uma época interessante no SSC Nápoles é uma boa alternativa. Cédric e Ricardo Pereira, este que vem de uma época impressionante ao serviço do campeão nacional, e que pode jogar também à esquerda da defesa, e no meio-campo, são as minhas escolhas para o lado direito do sector mais recuado.
No meio-campo, as opções são muitas e de qualidade. William Carvalho, Adrien, Moutinho e João Mário fazem parte do núcleo duro da seleção e têm lugar nos 23. E André Gomes só não integra os meus 23 porque a época no FC Barcelona foi muito aquém do esperado, e com problemas psicológicos pelo meio. Avançam assim Bruno Fernandes, quiçá o melhor jogador do campeonato português que este fim de semana encerrou e... Sérgio Oliveira, ponto de viragem na época do FC Porto quando substituiu o lesionado Danilo Pereira. Um jogador que tanto pode jogar na posição 6 como 8. Rúben Neves, que fez uma época de alto nível no Wolverhampton, é o sacrificado.
No ataque, Ronaldo e André Silva encaixam bem um no outro e formam a dupla certa da seleção. Gelson e Quaresma são dois bons desbloqueadores. A juventude de um e a experiência de outro são úteis à equipa e poderão fazer a diferença em momentos do jogo mais apertados. Assim como Gonçalo Guedes, que fez uma época boa no Valência e é uma opção polivalente para o ataque. Bernardo Silva está cada vez mais refinado, agora que passou pelo crivo de Guardiola, e pode vir a ser uma das grandes surpresas deste Mundial.