Madeira Rodrigues, que chegou a concorrer contra Bruno de Carvalho à liderança do Sporting, confia que os leões podem chegar ao título de campeão apesar da equipa ainda não o convencer.
"Vemos a equipa jogar e não ficamos confortáveis. Ganhámos ao SC Braga, mas fomos completamente dominados na segunda parte. Um mau jogo com o Marítimo e uma vergonha o que se passou com o Benfica", explicou, referindo que este Sporting está "longe do Benfica e FC Porto, mas não tão longe".
Por isso, crê que o conjunto de Marcel Keizer pode alcançar o título que escapa há quase duas décadas. "O verde é a cor da esperança, e acredito que podemos ser campeões", disse, em entrevista à 'Renascença', detalhando a sua ideia.
"Começo a ver com dificuldade, mas é acreditar. Somos claros favoritos em 30 dos jogos. Com o Benfica e FC Porto é mais complicado, mas temos sempre possibilidades, com o plantel que temos, a custar o que custa."
O antigo candidato à presidência do Sporting aproveita ainda para deixar críticas à forma como Frederico Varandas está a gerir este mercado de transferências e diz que nem quer acreditar que o Sporting queira vender Bas Dost numa lógica de poupança. "Não me passa pela cabeça que seja apenas para poupar ordenado", diz o ex-candidato à direção leonina.
Com a eventual saída de Bruno Fernandes a arrastar-se no tempo, depois de ter fracassada a saída para o Tottenham, agora é Bas Dost que está a negociar a saída para a Bundesliga mas a transferência poderá cair. O ex-candidato lembra a administração de Varandas para que "respeite as promessas".
"Lembro-me que os dois maiores candidatos, Benedito e Varandas, tinham uma série de soluções, diziam que o Sporting não tinha problemas financeiros e que não iam sair jogadores ao desbarato. As pessoas com mais tarimba avisaram que não iria ser assim", recorda Madeira Rodrigues, em entrevista 'Renascença'.
Para a direção leonina fica ainda um conselho de Madeira Rodrigues. "Contratem melhor, não gastem em jogadores que vão aquecer o banco e vendam os excedentários. Mexam-se um pouco melhor, é isso que se exige."