Portugal
"O presidente do Benfica em exercício é Jorge Jesus", diz Gomes da Silva
2020-08-14 10:35:00
"Qualquer benfiquista se sentirá humilhado com estas derrotas frente ao FC Porto intervencionado", diz o ex-vice

Rui Gomes da Silva mostra-se desagradado com a forma como se tem vindo a preparar a nova temporada do Benfica, nomeadamente pelo investimento que se está a fazer agora e não se assistiu anteriormente.

"Qualquer benfiquista se sentirá humilhado com estas derrotas frente ao FC Porto intervencionado", comentou Gomes da Silva, em entrevista ao jornal A Bola, falando da época em que o Benfica perdeu a possibilidade de conquistar o penta e do último campeonato.

Apontando um conjunto de coisas que vê correrem mal dentro do Benfica, Gomes da Silva critica a forma como Jorge Jesus se tem revelado publicamente desde que foi confirmado como treinador das águias.

"Um treinador do Benfica não pode falar como se fosse o presidente em exercício. Um presidente do Benfica não pode esconder-se atrás de um treinador. Seja ele qual for", aponta o antigo vice-presidente encarnado.

Além disso, Gomes da Silva nota que o "presidente do Benfica em exercício é Jorge Jesus".

De resto, na entrevista que deu à A Bola, as críticas mais categóricas seguem na direção e para a direção de Luís Filipe Vieira.

"A democracia, de momento, não existe no Benfica", lamentou, criticando o facto de a Benfica TV e o jornal do Benfica não realizarem a cobertura das eleições, que devem ocorrer em outubro.

Também desagrada a Gomes da Silva a famosa 'parceria estratégica' que um dia Vieira revelou existir entre a SAD encarnada e a Gestifute de Jorge Mendes.

"Não há empresário no mundo que tenha como objetivo que o Benfica vença campeonatos", salienta o antigo vice-presidente do Benfica, estranhando alguns negócios de jogadores que se fazem do lado encarnado da Segunda Circular.

"Temos atualmente mais de 100 jogadores. Para quê?", pergunta Gomes da Silva.

Antigo aliado de Luís Filipe Vieira, o ex-vice-presidente tem vindo a revelar-se um dos maiores críticos da gestão encarnada nos últimos anos.