António Costa reuniu-se na passada terça-feira com os presidentes do FC Porto, Benfica, Sporting, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Liga de Clubes tendo em vista o eventual regresso das competições profissionais.

O presidente do Feirense, Rodrigo Nunes, critica a ausência dos restantes clubes na cimeira realizada em São Bento e destaca que o “futebol é um todo”

“O país futebolístico não é só, com todo o respeito por esses três grandes clubes do futebol português. O futebol é um todo, são 18 clubes na I Liga e outros tantos na II Liga. Comemoramos na semana passada 46 anos de democracia, isto de democrático não tem nada”, afirmou Rodrigo Nunes à Renascença.

Caso não haja condições sanitárias para reatar os campeonatos, o presidente do Feirense considera que se a II Liga for interrompida, que a I Liga também o deve ser.

“Se não podemos acabar os campeonatos por uma questão de saúde pública, então acabam os campeonatos em todas as divisões. Não se pode pensar em terminar a I Liga e na segunda vamos ficar por aqui”, referiu.

Após 24 jornadas na II Liga, o Feirense encontra-se no terceiro lugar, atrás do Nacional e Farense, clubes que ocupam os lugares de promoção para a I Liga.

Rodrigo Nunes revela que contra um modelo que não premeie o mérito desportivo e acrescenta que deve haver subidas e descidas em todos os escalões.

“Se o campeonato acabar, os dois primeiros sobem à I Liga e os dois últimos da I Liga descem à II Liga. O Feirense sai prejudicado, já que está na terceira posição e que caso o campeonato fosse até ao fim, disputaríamos até à última jornada a possibilidade de subir”, salientou.

Esta quarta-feira, Francisco José Carvalho, líder da SAD do Chaves, aconselhou que, de agora em diante, se realize um campeonato “só com os três grandes”.

António Xavier, avançado do Tondela, mostrou desagrado com a reunião de ontem e afirmou que “o futebol somos todos, independentemente do tamanho”.

À saída de São Bento Fernando Gomes, presidente da FPF indicou aos jornalistas que o regresso do futebol profissional “está dependente das autoridades de saúde”.