Portugal
O jogo mais empatado possível
2018-11-10 18:40:00
Belenenses e Boavista empataram sem golos na décima jornada da Liga

Era muito complicado que o encontro que colocou frente a frente Belenenses e Boavista este sábado fosse mais igualado que o que acabou por ser. Para além do 0-0 no marcador após o apito final, as duas formações dividiram o domínio pelas duas metades e se o Belenenses teve mais posse de bola o Boavista conseguiu criar mais ocasiões de perigo. O ponto conquistado por cada um das equipas é, por isso, justo e só ficou manchado pelas bancadas vazias quase na totalidade do Jamor, um recinto mítico do futebol português.

A primeira parte pertenceu ao Belenenses, que criou uma chance logo aos 7', mas Keita cabeceou ao lado. O ataque formado por Keita, Licá e Fredy não deu descanso à defesa axarezada e tinha o apoio de Lucca, sempre pronto para o remate de longe na segunda bola, e por André Santos, constantemente disponível para ser uma ajuda. O Boavista respondeu timidamente com um tiro de Rochinha às malhas laterais, mas eram os azuis que dominavam a seu belo prazer.

Faltava, contudo, dar mais trabalho a Helton, guarda-redes do Boavista. A bola rondava a área nortenha, mas eram raras ou inexistentes as ocasiões em que o perigo existia de forma evidente. Licá rematou por cima aos 26' e, mais perto do intervalo, ofereceu o golo a Fredy, mas este falhou na baliza numa das melhores oportunidades criadas em todo o encontro. Assim, e com um esboço de reação por parte do Boavista nos minutos finais do primeiro tempo, o jogo foi para intervalo da mesma forma que começou e com o Belenenses por cima.

Jorge Simão tirou André Claro e lançou Mateus para a segunda parte e o impacto do avançado foi imediato. Lucca ameaçou pelo Belenenses logo aos 53', mas a partir daí só deu Boavista com Mateus a mexer com o jogo. O remate do angolano ficou a centímetros do poste de Muriel aos 56' e logo a seguir o guardião do Belenenses teve mesmo de defender para impedir o 0-1. Dois minutos volvidos e foi a vez de Rochinha, após um excelente trabalho individual, rematar para mais uma defesa de Muriel.

A curta visita aos balneários do Estádio Nacional fizeram bem ao Boavista, que continuou a dominar até ao final da partida. Ao Belenenses ia valendo, mais uma vez, Muriel, que defendeu a tentativa de Rafael Lopes aos 74'. O ponta-de-lança beneficiou com a entrada de Mateus e o mesmo aconteceu com Rochinha, com as duas panteras a aparecerem sempre mais soltas e em melhor posição do que no primeiro tempo.

No entanto, a boa segunda parte do Boavista podia ter valido pouco quando, aos 90+3', o Belenenses criou verdadeiro perigo pela primeira vez desde o intervalo. Dramé, que havia entrado para o lugar de Fredy, apareceu perante Helton e rematou, mas o guardião brasileiro foi mais forte e impediu aquele que seria um verdadeiro e injusto balde de água fria para o Boavista, que fez por merecer, pelo menos, o empate.