O Gil Vicente foi derrotado ontem pelo Famalicão, em partida da nona jornada da I Liga. Um encontro marcado pela polémica, com Vítor Oliveira a ser expulso por protestos com o árbitro, depois de não ver assinalada uma grande penalidade.
“O futebol português precisa de uma grande limpeza”, defendeu o técnico gilista, na conferência de imprensa.
Vítor Oliveira considera que “a verdade desportiva está posta em causa”, na partida de ontem, mas lança um manto de suspeição.
“O penálti é tão evidente dentro de campo… Acredito que no videoárbitro ainda é mais evidente. Querem fazer de nós parolos, mas nós andamos aqui há tantos anos e sabemos muitas coisas”, continuou.
O treinador considera que “o resultado está deturpado, com erros grosseiros”. E revela que se contém nas palavras para não sofrer consequências.
“Digo assim para a multa não ser muito grande. No lance do primeiro golo há uma falta que nem era preciso ver, bastava ouvir, sobre o Fernando. E depois temos o penálti. Se não conseguirem ver aquele penálti não podem apitar. Ou a incompetência é muita grande ou as pessoas andam distraídas. Acredito que é incompetência”, continuou.
Vítor Oliveira acabou expulso, por protestos. “Devo ter dito coisas que não deveria. Mas são situações pontuais com o calor do jogo”, realçou.
Com sarcasmo, criticou a falta de visão na análise daquele polémico lance e a audição apurada para ouvir as palavras. “O árbitro devia ter uma visão fantástica e ser surdo. Era melhor para o futebol”, disparou, irritado.
Insistindo numa “limpeza” no futebol, lembra que os profissionais merecem mais e melhor. “Nós vivemos disto. Queremos que todos tenham a mesma dignidade”, disse ainda, deixando entreaberta a porta de saída do clube de Barcelos.