Portugal
“O futebol português precisa de um ano zero”, defende Domingos
2019-10-22 10:05:00
Ex-internacional considera que é preciso “definir qual o espaço de uma claque” nos clubes

A tensão entre a direção do Sporting e as claques do clube esteve em análise na Tertúlia Bola Branca, programa da Rádio Renascença que conta com a participação de Domingos Paciência.

O antigo futebolista considera “quando se chegam aos extremos, às agressões, já começa a ficar complicado”. E esta tema não diz respeito apenas ao Sporting, mas a todos os clubes, que dão poder a grupos organizados de adeptos. 

Nesse sentido, Domingos propõe medidas. “O futebol português precisa de um ano zero”, considera.

E nesta questão das claques, o poder político também é chamado a intervir: “Tem de criar leis, criar regras, porque corremos o risco de atos de violência continuarem. Não há garantias de segurança. Neste momento, ninguém pode ir a um estádio de forma segura”.

“No futebol, as claques estão para o melhor e para o pior. Para o melhor, quando é preciso votos, quando é preciso apoio à equipa. E para o pior, quando ocorrem estas situações. As claques são o rosto do momento que a equipa atravessa”, salienta.

O poder destes grupos de adeptos deve ser repensado. “Tem de haver regras e medidas. Não podemos restringir o que é um clube a uma claque. A dimensão do Sporting, Benfica e FC Porto é muito maior do que uma claque”, acrescenta o ex-futebolista.

Assim, “é preciso definir qual o espaço de uma claque, no campo de futebol e na importância que tem numa estrutura”.

“Quando ocorrem resultados negativos ou má gestão, chega-se ao ponto de ir pelo caminho da violência. O que é muito mau para o futebol”, conclui.