Portugal
"O futebol parece a história do velho, do miúdo e do burro", conta Cajuda
2020-01-07 11:00:00
Treinador comenta contratações milionárias de Weigl e Raul De Tomas

Manuel Cajuda, um dos mais experientes técnicos portugueses, acredita que o Benfica se está a reforçar tendo em vista atacar as várias frentes em que está inserido e prefere não valorizar muito os números envolvidos nas transferências de atletas como Raul De Tomas (RDT) e Weigl, na ordem dos 20 milhões de euros cada.

De resto, Cajuda explica que o futebol é mesmo assim e tem "imprevisibilidade e complexidade". E para uns jogarem outros têm que sair. Aliás, o treinador socorre-se de um episódio de fantasia para justificar aquilo que nota relativamente às apostas dos treinadores que, em seu entender, vão ser sempre motivo de análise. 

"As pessoas quando querem fazer um caso, pois fazem um caso. Parece aquela história do velho, do miúdo e do burro", diz, em entrevista ao programa 'Visão de Jogo' da 'TSF', contando depois essa situação.

"Primeiro levava o miúdo em cima do burro e o velho ia com as pernas cansadas no chão. Depois passou o miúdo para baixo e criticaram o velho porque ia o miúdo em baixo, depois passaram os dois para cima e diziam 'coitado do burro', até que passaram os dois a levar o burro ao colo e acabaram por dizer que eram mais burros que o burro por levarem o burro ao colo. O futebol é assim".

Cajuda crê que RDT "não é um fracasso" e considera que simplesmente "alguém pegou o lugar" que lhe estava destinado. "Ter três avançados é normal pela complexidade das competições que têm pela frente. Benfica, FC Porto e Sporting têm sempre mais competições. É normal terem três avançados e é normal que dois não joguem".

O técnico olha ainda para a questão do meio-campo e antecipa 'dores de cabeça' para Bruno Lage com Weigl já que a dupla Gabriel e Taarabt estão a mostrar entendimento.