Portugal
O futebol foi pouco, muito pouco… salvou-se o jogo aéreo sadino
2018-11-09 23:40:00
Foi justo o triunfo do Vitória de Setúbal perante o Feirense (2-1), num jogo onde o bom futebol esteve muito ausente.

O bom futebol foi um fator que não apareceu muitas vezes em campo no triunfo do Vitória de Setúbal sobre o Feirense por 2-1, na noite desta sexta-feira, para a Primeira Liga. Os sadinos fizeram valer o jogo aéreo como arma letal que resultou nos dois golos que deram o triunfo, numa partida marcada por várias paragens e muitas faltas cometidas por ambas as equipas. Acima de tudo, fica a justiça do resultado, pelo facto de os sadinos terem sido o conjunto que mais procurou a vitória e que mostrou mais ofensivamente ao longo dos 90 minutos. Pelo meio, houve ainda lugar para um erro comprometedor de Joel Pereira que poderia ter tido consequências bem piores do que acabou por ter.

O Vitória e o Feirense abordaram o encontro desta noite de forma similar, com ambas as equipas a optatem por um esquema tático com um meio-campo a três, composto por dois pivôs defensivos (Semedo e Mikel nos sadinos; Cris e Babanco nos fogaceiros) e um jogador mais à frente como construtor (Nuno Valente no Vitória; Tiago Silva no Feirense). Os primeiros minutos assistiram à superioridade da equipa casa, em pleno Bonfim, com o Vitória a ser uma presença assídua no meio-campo do adversário e a levar o ataque constantemente à área contrária. O primeiro aviso surgiu através de um livre direto cobrado por Éber Bessa, o jogador que abriu caminho para o primeiro golo com uma jogada de assinalar.

Foi aos 20 minutos de jogo que o Vitória inaugurou o marcador e mostrou o tal jogo aéreo que acabou por ser fundamental para o desfecho do duelo desta sexta-feira. A jogada começou nos pés de Éber Bessa, que levou a bola da direita para uma zona mais central e ‘picou’ o esférico para a área do Feirense, precisamente para as costas dos centrais… e foi aí que apareceu Mendy a ganhar nas alturas e a cabecear de forma colocada para o fundo das redes da baliza de Caio. Os sadinos chegavam, assim, justamente, à vantagem, com Éber Bessa a ter papel decisivo.

O ritmo de jogo era muito pouco fluído, com várias ações faltosas, principalmente da parte do Feirense, mas foram precisamente os fogaceiros a chegarem ao golo… muito por culpa de Joel Pereira. Aos 33 minutos, Sturgeon fez um lançamento lateral longo para a área do Vitória, Joel tentou sacudir a bola, mas falhou o desvio e o esférico acabou por ressaltar para uma zona frontal, onde apareceu Cris a cabecear para a baliza dos sadinos. O guarda-redes do Vitória ficou muito mal na fotografia, desposicionado no lance.

O segundo tempo até começou com um ritmo superior do que aquele evidenciado na primeira parte, mas a verdade é que voltou ao mesmo com o passar dos minutos. As faltas e as paragens voltaram a ser o prato do dia e lá se foi a qualidade de jogo. No meio do ‘caos’, o Vitória lá conseguiu fazer justiça no resultado e chegar ao golo que resultou em mais três pontos para a equipa de Lito Vidigal. Aos 72 minutos, Jhonder Cádiz, que tinha entrado há pouco tempo em campo, respondeu com um cabeceamento certeiro a um pontapé de canto cobrado por Nuno Pinto e fez o 2-1 para os sadinos. O jogo aéreo do Vitória foi, mais uma vez, decisivo para as contas do jogo.