José Fernando Rio afirmou que a influência do FC Porto "é praticamente zero", ao ponto dos dragões não terem sequer "um canal direto para falar com o Governo".

O comentário foi feito quando o candidato que encabeça a lista C às eleições do FC Porto foi questionado, numa entrevista à TSF, sobre a escolha de Rui Moreira para encabeçar a lista A (de Pinto da Costa) ao Conselho Superior.

"Não quero personalizar a questão, mas o Conselho Superior é um bocadinho uma feira de vaidades, tem lá muitos políticos e empresários. É bom que o FC Porto tenha influências e aproveite o portismo dos adeptos para tentar ganhar algum poder que neste momento não tem", adiantou

"A influência do FC Porto é praticamente zero sobre o futebol português, sobre os próprios governantes... Vemos que tudo é dominado por um outro clube que soube estender a sua influência, muitas vezes de forma não ética e se calhar não muito legal, mas a verdade é que o FC Porto se retirou e o poder foi ocupado pelo Benfica", insistiu José Fernando Rio.

O candidato à presidência dos dragões virou então a mira de Pinto da Costa para o emblema da Luz.

"O Benfica tem de ser combatido. O Benfica tem uma influência nefasta sobre o futebol português e sobre toda a sociedade em geral, sobre o poder judicial, político. Constatámos através dos emails que foram revelados e outros 'leaks' que o Benfica tenta dominar e estender os seus tentáculos a todas as instituições e tem conseguido", afirmou.

Com Pinto da Costa a mostrar-se hoje "um presidente mais acomodado", José Fernando Rio quer ser eleito para que o FC Porto tenha "influência no futebol português".

"Mas não é uma má influência", explicou: "O que eu quero é q que os clubes portugueses sejam todos sustentáveis".

Caso tal aconteça, essa influência do Benfica será de imediato reduzida, acrescentou.

"Se os clubes pequenos e médios forem sustentaveis estão menos sujeitos a pressões. Há sempre empréstimos encapotados de jogadores, há compras que apenas servem para dissimular financiamentos", afirmou o candidado da lista C.

Embora esse seja "um caminho que compete às autoridades policiais e judiciais", cabe ao FC Porto "ir denunciando essas situações", finalizou José Fernando Rio.