Fernando Madureira abordou o tema da violência no desporto, esta que é uma das temáticas do momento no futebol nacional. O íder dos Super Dragões explica que as claques são pequenas sociedades e é necessário "educar" quem delas faz parte para que naquele espaço possam estar pessoas com o objetivo de "pura e simplesmente apoiar os clubes".

"Às vezes não é fácil porque há pessoas com más intenções", reconhece Madureira, falando sobre a forma como o Benfica tem tentado lidar com os grupos de adeptos.

"O Benfica quer ter uma claque, tomara o Vieira e os administradores da SAD e todos os benfiquistas ter uma claque, mas a claque que há não quer ser legalizada. É um braço de ferro", afirmou Madureira, em declarações no 'Novum Canal', no 'Facebook'.

O líder da claque do FC Porto entende que "as pessoas que arranjam os problemas são 40 ou 50 pessoas num universo de cinco milhões no Benfica, de dois milhões no FC Porto e por aí" e diz que estão "muito bem identificados" pela polícia. No entanto, deixa um alerta, avisando que, alegadamente, os órgãos de polícia sofrem "pressões" por parte das estruturas superiores.

"Se calhar, às vezes, sofrem pressões de alguém do Governo ou do Ministério Público ou um qualquer comandante sofre pressões do clube A, B ou C para não serem tão rígidos e não fazerem bem o seu trabalho."

Relativamente a tochas e petardos, Fernando Madureira diz que "as pessoas têm que perceber de uma vez por todas que se a lei não o permite, as pessoas não o podem fazer".

Na entrevista, Madureira explicou ainda a relação que tem com Pinto da Costa.

"Sou amigo. Eu como os portistas idolatramos o Pinto da Costa e olhamos para ele como um rei. Além dessa relação institucional entre líder dos Super Dragões e presidente do FC Porto, por trás, há uma relação de amizade. Com os anos, existe uma relação de próximidade e amizade", reconheceu Madureira.