Portugal
“Nos tempos do Paulinho Santos ganhávamos jogos no treino anterior”
2019-05-31 12:45:00
Bruno Alves recorda a força do balneário do FC Porto e a relevância dos símbolos do clube azul e branco

O defesa-central Bruno Alves chegou ao FC Porto em 1999, depois de cumprir a formação nas escolas do Varzim. Ainda jogou nos juniores do dragão, até que após sucessivos empréstimos se transformou numa pedra essencial da equipa.

O FC Porto acordava do sonho do penta e viriam épocas de glória, depois dos títulos de Sporting, Boavista e de novo Sporting. Viu ao longe, emprestado, o clube construir um tetra e participou num tricampeonato.

A hegemonia do clube da Invicta era justificada com a força do balneário, onde pontificavam grandes capitães e outros símbolos do emblema azul e branco, que não se conformavam com o verbo “perder”.

Natural da Póvoa de Varzim, Bruno Alves enquadra-se neste perfil. Afinal de contas, foi recebido por Paulinho Santos.

Em entrevista ao Maisfutebol, programa da TVI24, o defesa-central recorda esses tempos. E o modo como o médio ensinava os jovens que iriam passar a frequentar aquele balneário.   

"Protegia-nos muito, por ser aqui da nossa zona. O FC Porto tinha um balneário forte, com gente que impunha respeito”, lembra Bruno Alves.

O defesa-central e outra jovem promessa, Hélder Postiga, Eram “os miúdos de Paulinho Santos”.

“Ele dizia que eu e o Postiga éramos os miúdos dele: ‘vai, chega-lhe forte, chega-lhe forte que eu estou aqui’”, dizia o médio.

O internacional português lembra ainda outros conselhos dados por Paulinho Santos. "Mandava jogar durinho, dar porrada. Esses treinos no FC Porto eram fantásticos, eram uma guerra. Ganhávamos jogos no treino anterior”, conta.

Hoje, essa hegemonia portista perdeu-se. E conta quem viveu o balneário que há muita dessa mística por recuperar, para que os títulos, os tri, os tetra e os penta voltem a fazer parte do léxico presente.

Bruno Alves, de 37 anos, foi 96 vezes internacional pela Seleção Nacional, tendo conquistado o Euro’2016.