O antigo diretor de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, critica a forma de estar de alguns adeptos leoninos, após o empate do clube leonino diante do Vitória de Guimarães.
Em longo artigo de opinião na Tribuna Expresso, o ex-responsável pela comunicação do emblema aponta o dedo a aqueles que não gostaram da exibição do Sporting, perguntando a eles se “estavam à espera de quê após 90 dias de paragem”.
Ao mesmo tempo, Nuno Saraiva deixa um conselho a quem pensa que a retoma poderia ser diferente.
“Quem assim o exige, e isto é válido para os espertalhões de todos os clubes, é porque de duas, uma: ou é ignorante ou está de má fé”, afirma o ex-diretor.
Como tal, o antigo colaborador do Sporting revela o que sempre lhe preocupou no clube leonino, a militância dos sócios ou, neste caso, a falta dela.
“No Sporting Clube de Portugal sempre fomos assim, autofágicos e intolerantes connosco próprios. Bem sei que nos falta o cimento das vitórias e das conquistas, mas há razões objetivas para que assim seja e que todos conhecemos”, salientou.
Assim sendo, Saraiva defende que se deve falar a verdade, justificando essa opção não por “falta de ambição”, mas por “realismo e pragmatismo”, lamentando que o discurso seja de “maledicência e da detração”.
O ex-diretor garante que este comportamento por parte dos adeptos e colaboradores leoninos é “a contradição absoluta dos que passam a vida a encher a boca” em relação à militância no clube.
“Isto é o paradoxo completo dos que passam a vida a encher a boca com os chavões da “defesa dos superiores interesses do Sporting”, mas que depois colocam agendas pessoais e individuais acima do Sporting”, comentou.
Por fim, Nuno Saraiva indica que, caso isto continue, o Sporting “não vai a lado nenhum”.