Portugal
"Ninguém vai ao estádio para não entrar, para estar cá fora", acredita Jesualdo
2020-06-03 10:45:00
Técnico critica ainda constantes "picardias" no futebol

Antigo treinador de Benfica, FC Porto e Sporting, entre outros emblemas, Jesualdo Ferreira entende que todos os agentes desportivos deveriam saber estar à altura do atual contexto.

"No momento atual, com tudo o que estamos a viver, irem para picardias e não terem capacidade de encontrar as melhores formas e plataformas para que o futebol volte de forma segura e faça a rentabilização, não é de bom senso", lamentou, em entrevista ao canal A Bola TV.

Sobre a questão da ausência de público nas bancadas mas a eventual presença de adeptos nas imediações dos estádios, Jesualdo Ferreira tem uma ideia muito clara.

"Ninguém vai ao estádio para não entrar, para estar cá fora. Preferem estar em casa a ver televisão", referiu, dizendo que é possível "relativizar o problema e torná-lo menos complicado".

Certo de que este "não vai ser o mesmo futebol agora como na próxima época, em Portugal e não só", Jesualdo Ferreira está ciente de que, por exemplo, terá impacto o facto de ainda não existir um plano internacional para os clubes se orientaram.

Jesualdo recorda que este não é definido pela FPF mas "pela UEFA e FIFA", e, em condições normais, já estaria na posse dos clubes.

Por esta e outras razões, o treinador apela a que todos os agentes desportivos saibam estar "à altura" do momento. Caso contrário, a qualquer momento vão dizer que em Portugal "é sempre a mesma... não vou dizer".

A poucas horas do regresso do futebol aos relvados nacionais, o professor vaticionou o que espera ver nos relvados portugueses.

"Vamos ter lesões, falta de ritmo, medo, todo um conjunto de situações diferentes do que houve no passado".

Destancando que por mais voltas que se possam dar todos os clubes procuram sempre a mesma coisa, que são "as melhores condições financeiras", Jesualdo Ferreira defendeu ainda a introdução das cinco substituições. 

"Pela densidade competitiva as cinco substituições deveriam ser regulamentadas" no futuro.