O antigo vice-presidente do Benfica Braz Frade diz que já não estranha o timing escolhido para a publicação de investigações à SAD encarnada, referindo que se aproxima um duelo no Estádio do Dragão.

"Não vou atribuir culpas ao FC Porto, tenho mais que fazer. Vou esquecer isso. Mas é sempre em vésperas de jogos importantes que saem estas notícias", afirmou Braz Frade.

Em comentário a uma notícia sobre uma investigação que dá conta de que o Benfica, alegadamente, será suspeito de supostos proveitos através de cedências e transferências para outros clubes, de forma a assegurar domínio económico e desportivo sobre clubes mais pequenos, o ex-dirigente do Benfica sublinha que não é nova esta situação.

"Esta investigação do Desportivo das Aves e do Santa Clara... eu já vi notícias disto há mais de um ano ou dois e agora aparece outra vez porque vamos jogar com o FC Porto".

Braz Frade revela ainda isto acontece "sempre" antes de um clássico para a equipa da Luz. "Cá para mim, já não estou nem aí. É o normal, aparece sempre. Cada jogo que o Benfica faz com o FC Porto tem antes uma conversa destas. Sempre".

O antigo dirigente do Benfica aproveitou ainda para lamentar que o Ministério Público tenha permitido a divulgação desta alegada investigação ao Benfica, mas diz que já, anteriormente, viu buscas na Luz e quando chegaram os inspetores "já estavam lá as carrinhas das televisões".

"A mim o que me dá é pena. Gosto de viver numa democracia limpa e isto, infelizmente, não contribui para que fique limpa", lamentou Braz Frade.

Entretanto, o Benfica reagiu à notícia da alegada investigação realizada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e pela Polícia Judiciária (PJ), considerando as matérias “inverídicas, imprecisas e caluniosas”.

Na CMTV, o antigo vice-presidente do clube da Luz aproveitou ainda para lançar o clássico de sexta-feira entre FC Porto e Benfica, que será jogado no Estádio do Dragão.

"Os clássicos mexem sempre com a cabeça dos treinadores, jogadores e adeptos", referiu o ex-dirigente encarnado, salientando que além da covid-19 há "outro fator que nunca se fala tanto mas que perturba os grandes clubes" que é a ausência de público nas bancadas.