Portugal
"Não vejo consequência que não seja a despromoção do Benfica", diz J. Marques
2019-04-16 23:50:00
Diretor portista voltou a aludir às acusações de Cássio sobre César Boaventura

Francisco J. Marques afirmou que o Benfica deve ser sancionado com a despromoção, depois de Cássio ter acusado César Boaventura de o aliciar para fazer o Rio Ave perder o jogo com os encarnados.

"O Cássio foi ouvido em Lisboa, no caso de aliciamento, por três pessoas, uma das quais uma procuradora de uma equipa especial designada para investigar os casos no futebol português, e foi questionado se tinha algo contra o César Boaventura e contra o Paulo Gonçalves. Ou seja, o Paulo Gonçalves também está a ser investigado nisto", começou por referir o dirigente portista, no 'Universo Porto da Bancada' desta noite.

O diretor de comunicação do FC Porto insistiu que César Boaventura "estava mandatado pelo Benfica".

"Quando oferece 60 mil euros porque precisa que ele [Cássio] perca com o Benfica está mandatado pelo Benfica e a trabalhar para o Benfica. Isto é uma prova da adulteração da verdade desportiva que o Benfica trouxe. O tetracampeonato está repleto destas coisas. Há o caso do Marítimo e há muitas outras suspeitas", reiterou.

Francisco J. Marques lembrou que "há dois jogadores que, perante as autoridades, confirmam tentativas de aliciamento" para manter o rival da Luz debaixo de fogo.

"Ficamos à espera de uma reação séria do Benfica, das pessoas que puseram o nome do Benfica na lama e ficamos à espera que as autoridades desportivas deixem de fingir que não se passa nada e atuem", continuou.

"Isto tem que ter consequências sérias e não vejo outra que não seja a despromoção do Benfica", afirmou o dirigente portista, insistindo no "envolvimento" de César Boaventura com o Benfica: "A ligação é conhecida, aquelas conversas são conhecidas, as indicações que o Luís FIlipe Vieira lhe deu são conhecidas. E depois temos toda a informação de que o César Boaventura se apresentava aos jogadores do Rio Ave como estando mandatado pelo Benfica".

"Estamos a falar de declarações prestadas perante autoridades judiciais, sob juramento. E vamos fingir que isto não aconteceu? Não estamos a falar de uma coisa que já se tivesse falado. O Cássio foi a Lisboa propositadamente pela equipa especial para investigar os casos do futebol. Vamos continuar a enfiar a cabeça na areia? Vamos pedir justiça e pedir que se aja. Quem é que nos garante que não esteja a acontecer isto neste momento? Se as autoridades do futebol não condenam, corremos o risco de isto se normalizar", concluiu Francisco J. Marques.