Portugal
“Não tenho dúvidas de que o Benfica vai tentar impor alguém na Liga”, diz Aguiar
2020-05-26 18:25:00
Ex-presidente da Liga de Clubes relembra declarações de Luís Filipe Vieira

Nos últimos dias, o presidente da Liga, Pedro Proença, tem sido criticado por algumas decisões tomadas, entre as quais a carta enviada ao Presidente da República e ao Governo a pedir jogos em sinal aberto.

Na passada sexta-feira, o Benfica abandonou a direção da Liga de Clubes, com o Cova da Piedade a seguir o mesmo caminho, pedindo a demissão de Pedro Proença do organismo que tutela o futebol profissional em Portugal.

Guilherme Aguiar, antigo presidente da Liga, considera que a saída do Benfica é “uma mera explicação de mal pagador” e não tem dúvidas de que o clube encarnado aproveitou este momento para “impor alguém” no organismo.

“Há muito que o Benfica se tenta deslocar de Pedro Proença, que também não terá sido feito tudo quanto o Benfica esperava relativamente à gestão da Liga. Não tenho dúvidas de que o Benfica aproveitou esta oportunidade para tentar impor alguém, não sei quem, que os possa servir melhor”, afirmou o ex-dirigente ao jornal O Jogo.

Ao mesmo tempo, Guilherme Aguiar recorda uma expressão proferida por Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, há uns anos atrás.

“Convém nunca esquecer que Luís Filipe Vieira é o autor da expressão de que é mais importante ter pessoas na Liga do que bons jogadores na equipa”, salientou.

Na Assembleia Geral (AG) de dia 9 de junho, será discutido se Pedro Proença continuará nos destinos da Liga de Clubes.

Referindo que nunca entendeu a razão da “votação unânime” a Proença, já que nada fez para “merecer essa confiança”; Guilherme Aguiar pensa que a AG vai ditar a queda do presidente da Liga.

“Acho que vai cair, a não ser que haja algum movimento de apoio substancialmente forte. Acho que Proença não tem ninguém que acredite realmente nele”, completou.

Na passada segunda-feira, Pedro Proença, à saída de uma reunião com o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, comentou as críticas de alguns clubes e lembrou que, no ano passado, “foi reeleito com 96 por cento”.