Portugal
“Não preciso de andar por aí a proclamar que sou portista”, diz Vítor Baía
2019-10-14 11:50:00
Vítor Baía não fecha a porta a uma candidatura à presidência do clube, mas não adota a mesma postura de Villas-Boas

No dia em que comemora o 50.º anivrsário, o antigo guarda-redes do FC Porto concedeu uma entrevista ao jornal O Jogo, onde aborda um cenário de candidatura à presidência do clube.  

Cenário que está de todo afastado enquanto Pinto da Costa estiver em funções. “Isso nem é questão. Ainda há pouco tempo, assinei a recandidatura do sr. Pinto da Costa e fi-lo com muito gosto”, disse Baía.

“Estou no lote de pessoas que gostam verdadeiramente do FC Porto e, naturalmente, estou atento a tudo o que se passa no clube”, realçou ainda.

No entanto, considera “indelicado” falar de uma eventual candidatura, que “não está” no seu “horizonte próximo”.  

O dia em que Vítor Baía tiver de tomar uma decisão “há de chegar”. Até lá, vai prevalecer “uma enorme gratidão” para com Pinto da Costa,

“Nunca vão ouvir da minha boca que vou ser candidato. Sei que vou ser alguém importante no FC Porto, mas, neste momento, o clube tem um presidente, há que respeitar”, realça.

Sem comentar a posição de André Villas-Boas – aliás, Baía nem sequer é confrontado com ela, nesta parte da entrevista – o ex-guardião parece defender uma estratégia diferente.

“Quando chegar o momento, veremos. Não preciso de andar por aí a proclamar que sou portista, que amo muito o clube”, afirma.

O presidente do FC Porto é alvo de inúmeros elogios. “É o melhor dirigente de sempre”, realça

Vítor Baía garante que tem um bom relacionamento com Pinto da Costa e fala em “cumplicidade”, que nunca deixou de existir.

Ainda que nem sempre tenha concordado com a realidade do clube, em particular no período em que o Benfica se sagrou tetracampeão.

“Há um interregno de vitórias de quatro anos (…) As pessoas que estão à volta do presidente, ou que estavam então, é que foram o grande problema”, salienta.

O ex-guarda-redes lembra que proferiu frases que não agradaram ao FC Porto, mas que “era a realidade”.

“O que eu disse na altura, e que algumas pessoas não gostaram, era a realidade. O FC Porto tornou-se num entreposto de compra e venda de jogadores. Felizmente, deixou essa vida... Insurgi-me contra isso, não foi contra o presidente”, aponta, nesta grande entrevista ao jornal O Jogo.