Com a paragem das competições e as regras de quarentena, os futebolistas passaram a treinar em casa. Se o trabalho já fica mais complicado, pior ainda se torna para os guarda-redes, como lembrou Tiago Ferreira.
O treinador de guarda-redes do Sporting sustentou, em declarações citadas pelo site dos leões, que quem ocupa o posto mais solitário do relvado precisa de trabalhar certas pormenores que se tornam inviáveis em condições... domiciliárias.
"Para os guarda-redes é complicado, dado o espaço confinado e por não lhes podermos pedir que se mandem para o chão num apartamento", exemplificou.
"Passo-lhes exercícios com bola para não perderem essa sensibilidade e se tiverem algum colega em casa que os ajude, tanto melhor", acrescentou.
Tiago, que como jogador defendeu a baliza do Sporting, salientou que a questão do espaço foi colocada por Diogo Sousa, o terceiro guarda-redes do Sporting, atrás de Luís Maximiano e Renan Ribeiro.
"O Diogo ligou-me a pedir alguns exercícios e perguntei-lhe onde estava, disse-me que estava num apartamento. Perguntei-lhe se tinha espaço para treinar e ele ‘tenho um quarto’, ao que lhe respondi ‘e queres treinar num quarto?’. A resposta foi simples: ‘oh mister, dê-me uns exercícios para eu não estar parado’. Claro, dei-lhe um ou outro para insistir com a bola na mão e umas bolas no chão, mas não se pode fazer muito mais", afirmou.
Maximiano também lida com o problema do espaço, continuou o técnico.
"Tem feito exercícios com bola (por exemplo, abdominais) e o trabalho físico que todos os atletas têm traçado", descreveu.
Por estar ainda a recuperar de lesão, Renan Ribeiro tem feito outro tipo de trabalho.
"Ainda está entregue ao departamento médico, são eles que definem o treino dele. Deve fazer ginásio e outras coisas, mas o Renan, tal como os outros, já tem um nível em que não irá, por exemplo, perder reflexos. Rapidamente recupera com treino", salientou Tiago Ferreira.
Nestas declarações, o treinador de guarda-redes do Sporting alertou ainda para a necessidade de haver "três ou quatro de semanas" de preparação antes do retomar das competições, assim que a pandemia de covid-19 o permitir.
"Estão parados, não caem e o corpo habitua-se. Quando regressarem vai haver uma dor aqui e ali", finalizou.