Portugal
"Não há evangelhos, as igrejas estão fechadas e não há missas"
2020-04-23 09:30:00
Presidente do FC Porto responde ao líder do sindicato dos jogadores de futebol

Numa altura em que Liga, Federação Portuguesa de Futebol, clubes, autoridades de saúde e sindicato de jogadores tentam alcançar um consenso ambicioso para um plano de regresso da I Liga, Pinto da Costa e Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), vão trocando argumentos sobre a vontade dos jogadores no que toca a um regresso das provas. 

"Não há evangelhos, as igrejas estão fechadas e não há missas", reage Pinto da Costa, já depois de Evangelista ter lamentado a posição de Pinto da Costa numa reunião entre as entidades que gerem o futebol nacional a respeito do regresso das provas.

Depois de Joaquim Evangelista ter lamentado, em comunicado do sindicato a que preside, que "alguns clubes, em vez de se concentrarem nos problemas, procurando soluções e unindo esforços para credibilizar o futebol, compreendendo que é a estabilidade da modalidade, no seu todo, que está em causa, se entretenham a criticar o sindicato", Pinto da Costa deixa claro que já falou com os capitães do FC Porto e estes transmitiram-lhe a vontade de voltar a jogar.

"Tudo o que sejam opiniões do senhor Evangelista eu não discuto porque ele tem o direito a tê-las, mas não pode dizer aquilo. Falei pessoalmente com os nossos capitães e todos querem jogar", assegurou Pinto da Costa, em declarações ao jornal 'O Jogo'.

O presidente do FC Porto lamentou ainda as recentes posições de Evangelista.

"Disseram-me o mesmo a respeito dos jogadores deles. Todos têm vontade de jogar, portanto, ele não pode afirmar uma coisa que não corresponde à verdade".

Anteriormente, o organismo liderado por Joaquim Evangelista já tinha sustentado que "criticou, e mantém" a respeito da "forma como alguns clubes, unilateralmente, decidiram retomar a atividade, em pleno período de confinamento e estado de emergência".

O SJPF realçou ainda que "em nenhum momento, publicamente ou nos grupos de trabalho criados com a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga, se manifestou contra a retoma da competição e conclusão da presente época desportiva".