Na passada quinta-feira, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, anunciou, em publicação no Instagram, que iria voltar a servir o país enquanto médico durante o estado de emergência, face ao surto de Covid-19 em Portugal.

No entanto, para o movimento ‘Sou Sporting’, o gesto merece uma reflexão, pedindo, em comunicado, eleições no Sporting para o dia 20 de abril.

O grupo de adeptos alega que, com as funções de médico, Frederico Varandas não pode exercer outras funções "em acumulação" com os cargos diretivos que exerce no Sporting.

Caso Frederico Varandas não tenha pedido “a autorização prévia acomodada ao regime de incompatibilidades”, o movimento ‘Sou Sporting’ acredita que se está a violar os estatutos do clube, já que, segundo o artigo 36.ª, o mandato cessa por “impossibilidade física”.

“Pelo que aguardamos pela convocação da Assembleia Geral estipulada nos Estatutos (nos trinta dias subsequentes à declaração do “estado de emergência”) para que os sócios se possam pronunciar no quadro legal vigente no País. Aguardamos, pois, pela referida convocação da AG, sob pena de estarmos perante uma evidente, clara, forte e dolosa violação dos Estatutos do Sporting”, referiu o movimento.

No fim do comunicado, o grupo de adeptos garante que vai analisar se Frederico Varandas não está " a mentir" sobre o pedido de se voluntariar ao serviço antes da declaração de estado de emergência por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, na passada quarta-feira.

Na sexta-feira, o antigo dirigente do Sporting, Luís Gestas, acusou o presidente do emblema leonino de "desonestidade intelectual" e que o mesmo foi "obrigado" a ajudar o país.