A FPF determinou que os jogos do campeonato vão realizar-se à porta fechada como medida preventiva de controlo do Covid-19. José Mota, que recentemente teve de disputar um jogo sem público nas bancadas, questiona esta tomada de posição e lembra o impacto que tal poderá ter no desfecho do campeonato lembrando a importância do fator casa no desenrolar dos jogos.

"O fator casa é um fator preponderante no desenrolar do jogo. E esse fator vem precisamente das bancadas e do público", afirmou José Mota, em entrevista à 'Renascença'.

O ex-técnico do Desportivo das Aves, que em 2018/19 jogou num estádio sem público contra o Paços de Ferreira, devido a um castigo imposto aos pacenses, lamenta que as equipas tenham de jogar sem público nas bancadas.

"Não me revejo num futebol sem público. Quando se trata de uma situação deste tipo, podemos aceitar, mas é difícil jogar sem público".

O experiente treinador sublinha ainda que o "fator público, o calor, a emoção, o barulho" é "tudo aquilo que faz com que o próprio jogo tenha mais intensidade e alegria".

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) definiu as pessoas que podem marcar presença nos jogos das I e II ligas da próxima jornada, devido ao surto de Covid-19, após anunciar juntamente com a FPF que os jogos vão decorrer à porta fechada.

As medidas foram tomadas numa “reunião de emergência” que juntou a LPFP, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o sindicato dos jogadores, e representantes dos árbitros, dos treinadores e dos médicos de futebol.