Portugal
Ministério Público insiste que Vieira sabia das práticas de Paulo Gonçalves
2019-01-30 17:25:00
Caso E-Toupeira segue para recurso

A revista Sábado adianta que entre as justificações apresentadas pelo Ministério Público (MP) no recurso do processo E-Toupeira está a crença de que Luís Filipe Vieira estava a par das alegadas práticas de Paulo Gonçalves que está pronunciado para ir a julgamento, após a fase de instrução, na qual a SAD do Benfica foi inocentada na totalidade.

O procurador do MP deixa críticas à juíza Ana Peres e considera, na fundamentação entregue no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, que Vieira tinha conhecimento das situações, não entendendo, por isso, o MP que a SAD encarnada tenha sido ilibada.

O procurador Valter Alves sustenta que as alegadas entregas de prendas de Paulo Gonçalves aos funcionários judiciais José Silva e Júlio Loureiro (também ele ilibado) "foram feitas com conhecimento do presidente e sempre com o beneplácito da oportuna ausência de regras efetivas e de vigilância da arguida SAD", cita a Sábado.

O Ministério Público avançou com um pedido de recurso para levar a SAD do Benfica a julgamento no âmbito do processo E-toupeira. E pretende que a SAD encarnada seja julgada por corrupção ativa e oferta indevida de vantagem.

Caberá depois ao Tribunal da Relação de Lisboa apreciar o recurso que o procurador Valter Alves meteu neste caso.

Na fase de instrução, recorde-se, a SAD do Benfica foi ilibada dos 30 crimes de que estava acusada.

Na ocasião, a juíza Ana Peres referiu que a sociedade encarnada não tinha cometido nenhum dos atos que o Ministério Público lhe imputava.