O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) continua a ignorar um parecer vinculativo do Conselho de Justiça (CJ) da FPF, mantendo (pelo menos) um membro em situação irregular.
De acordo com a revista Sábado, Paulo Costa, vice-presidente do CA, encontra-se em situação de incompatibilidade.
Isto porque o dirigente é irmão de um árbitro, Rui Costa, da categoria 1 e terceiro classificado na época que agora findou.
De acordo com um parecer do CJ, com caráter vinculativo, o CA não pode ter membros em situação de incompatibilidade, devido à FPF ter o estatuto de utilidade pública.
O CJ recomendou que os dirigentes com incompatibilidades fossem afastados dos casos em que pudessem ter interesse pessoal, mas tal continua a ser ignorado pelo CA, com a revista a dar o exemplo de Paulo Costa e Rui Costa.
A Sábado adianta também outros casos em que o CA ignorou as recomendações (vinculativas) do CJ, como nos critérios de classificação (não podem ser opacos, alertou a CJ) e na publicação (não feita, apesar de avisos anteriores do CJ) das regras e parâmetros de avaliação antes do início da época.
A defesa da FPF, na única parte citada pela revista, refere que foram “retificadas algumas avaliações” na classificações dos árbitros, dando o exemplo de Jorge Ferreira, que passou da C3 para a C2.
A explicação da FPF, refere ainda a Sábado, não se pronuncia sobre os casos de Gonçalo Martins e Jorge Oliveira, que também exigem (no TAD) a recolocação nos escalões em que estavam antes das avaliações de 2017/2018.