O presidente da SAD do Leixões acredita que a instabilidade que se vive, por estes dias, na Liga é, no caso do Cova da Piedade, "nitidamente uma represália ao facto da direção ter votado favoravelmente à conclusão do campeonato [da II Liga] e à descida de divisão" do emblema de Almada.

Paulo Lopo defende Pedro Proença e assegura que o atual líder da Liga sairá quando entender pelo seu pé mas quererá permanecer "até ao final da época, para garantir que tudo corre dentro da normalidade".

Em declarações à Renascença, Lopo nota que os clubes colocam "interesses pessoais e particulares à frente dos interesses do grupo".

Questionado sobre a saída do Benfica da direção da Liga, o líder do Leixões, que também faz parte da direção da Liga, preferiu não comentar, dizendo desconhecer os motivos pelos quais os campeões nacionais entenderam tomar tal medida.

Seja como for, Paulo Lopo espera que se possa "garantir que o campeonato chega ao fim e que as coisas decorrem com normalidade".

O dirigente do emblema de Matosinhos sustenta ainda que Proença está com o pleno dos poderes que lhe foram confiados pelos emblemas que integram a Liga.

"Não sei se isto é efeito do confinamento e que as pessoas estejam um pouco mais nervosas do que é normal".

Sobre o tema da direção da Liga, o ex-presidente da Académica, José Eduardo Simões, já veio a público salientar que "Proença mostrou desconforto sem apoio do Benfica e do seu ponta de lança Braga".

O  Cova da Piedade, recorde-se, juntou-se ao Benfica na decisão de abandonar a direção da Liga de clubes de futebol “com plena eficácia” a partir de hoje e convidou Pedro Proença a demitir-se da presidência do organismo.