A Juventude Leonina reagiu oficialmente à rescisão, por parte do Sporting, dos protolocolos de apoio à claque, com um comunicado a criticar a "incompetência" da direção de Frederico Varandas e a recusar ser "bode expiatório" de "um clube sem liderança".
Em 11 pontos, a Juve Leo rebateu os argumentos invocados por uma SAD que usa como lema 'Unir o Sporting', "o logro deste curto mandato".
Citando os estatutos, a claque lembrou que o objetivo é "apoiar todas as equipas do Sporting", não estando escrito "o dever de apoiar direções".
"Em rigor, a contestação que atualmente se faz notar provém dos adeptos em geral e não em particular de nenhuma claque", sendo dirigida "à atual direção" e não à equipa, realçou depois.
Recordando a derrota com o Alverca, equipa do Campeonato de Portugal que eliminou o Sporting da segunda prova nacional, a Juventude Leonina insinuou que a crise de resultados dos leões se deve à "má gestão" por parte do elenco de Frederico Varandas.
E deixou algums questões em aberto: "É do apoio ou da má gestão que se prepara uma época com amadorismo (quantos jogos ganhou o Sporting na pré-época?) e se vendem titulares no último dia do mercado, sem que se informasse sequer esses mesmos jogadores (veja-se o caso do Raphinha)? É do apoio ou da má gestão que se perde uma Supertaça por números absurdos e aparece um presidente a dizer que não está preocupado?"
Neste comunicado, a claque lembra ainda o despedimento de Marcel Keizer, em que "por duas vezes" o Sporting "não acerta no nome" do técnico holandês.
"É preciso entender" que as claques são formadas por pessoas que "não têm o tempo, a disponibilidade e a possibilidade de sacrificar a sua vida pessoal com vista ao apoio do clube", pelo que só têm uma motivação: "o amor incondicional", neste caso, ao Sporting.
A Juve Leo questionou também a licitude da rescisão dos protocolos por parte da SAD leonina, "porquanto deveria ter sido devidamente fundamentada", considerando mesmo "absurdo" o fundamento de que os adeptos têm "vindo a faltar sistematicamente no apoio devido aos atletas".
"Mantemo-nos assim, com ou sem protocolos, com ou sem apoios, firmemente convictos no suporte aos nossos profissionais e no que nos disser respeito, tudo faremos para elevar o nome do nosso clube nas diversas modalidades que nos identificam como clube eclético", prometeu a claque.
Já no final do comunicado, a Juventude Leonina renunciou a "aceitar guerrilhas internas", realçando não ter "qualquer relação" contra o ataque feito ao carro de Miguel Afonso.