Antigo avançado, Roudolphe Douala passou por Boavista e Sporting, entre outros emblemas, em Portugal. O camaronês não esquece os tempos vividos em Alvalade e agora que é educador de infância em França traça uma comparação curiosa entre os tempos que vive e aqueles passados de leão ao peito.

"Jogar no Sporting foi mais difícil do que ser educador de infância", considerou Douala, em entrevista ao 'Maisfutebol', dando um exemplo de assim pensar.

"Eu estava há cinco anos em Portugal e sempre sem lesões; cheguei ao Sporting e comecei a ter problemas físicos porque o ritmo nos treinos e nos jogos era diferente. Exigente. Mas mau, mau, foi mesmo ter de lidar com as derrotas contra o Benfica e o CSKA".

O avançado camaronês explicou ainda como é que decidiu abraçar esta profissão. "Ainda pensei ser treinador, mas passou-me depressa a ideia, ah ah ah", referiu, ele que trabalha numa instituição ligada à câmara municipal de Saint-Étienne. 

Em Alvalade passou alguns anos, depois de jogar no Boavista, no Aves, no Gil Vicente e no Leiria. E foi ao Sporting que chegaram propostas para  sua contratação mas acabou por, na altura em que era cobiçado, não sair.

"Podia ter saído mais cedo do Sporting. Tive um convite do Middlesbrough, com um salário milionário, mas tinha uma vida boa em Lisboa e não quis. Recusei (...) O Ricardo, o guarda-redes da seleção, falou comigo e disse-me que ainda tínhamos muito para ganhar em Alvalade, havia a possibilidade de jogar a Liga dos Campeões e tal."

Douala, hoje com 41 anos, realizou 65 jogos pelo Sporting e apontou 10 golos.