Portugal
"Jesus tinha de encontrar editora que escrevesse um livro só com a palavra: Eu"
2019-02-18 13:15:00
Bruno de Carvalho responde a Jorge Jesus

Bruno de Carvalho marcou presença no programa de Cristina Ferreira, na SIC, e respondeu a Jorge Jesus que, no domingo, garantiu que "não" precisa de escrever livros para "sobreviver". "Se tiver de falar do Sporting não escrevo um livro... escrevo 20", disse o técnico.

O ex-presidente leonino reagiu: "Primeiro, Jorge Jesus tinha de encontrar uma editora que escrevesse um livro só com uma palavra: Eu. É o que o Jorge sabe dizer. Depois, eram mais 19 livros com a errata, já que ia estar sempre a escrever a palavra 'eu'".

Sobre a passagem do treinador por Alvalade, Bruno de Carvalho garantiu que é atualmente um "descrente" em JJ. "Jesus tem todo o protagonismo na minha vida, sou cristão. Não deste Jesus, fiquei completamente descrente", disse.

O ex-presidente do Sporting lançou recentemente um livro 'Sem Filtro – As Histórias dos Bastidores da Minha Presidência' onde relata a sua versão de cinco anos na liderança. Nesse livro, Jorge Jesus foi um dos visados e alvo de diversas acusações. Entre as quais uma alegada "chantagem", que Jesus lhe terá feito e que envolve o FC Porto, quando os leões estavam a poucos minutos de um embate em Braga e lutavam pelo título, contra o Benfica.

"Não tenho cabeça para fazer o jogo. Preciso de saber já se renovo ou então na segunda-feira vou-me embora. O FC Porto diz que paga o valor para eu sair e vou-me embora", terá afirmado Jorge Jesus.

Ora, o então presidente do clube de Alvalade explica agora que o teor da conversa lhe desagradou. "Não gostei daquela chantagem antes do jogo. (…) E talvez fosse um sinal daquilo que o Jorge verdadeiramente era", escreve, em passagens citadas pelo Record.

Segundo garante, o técnico queria ver renovado o contrato, com um aumento de salário significativo: de cinco milhões brutos para oito milhões. A questão salarial teria suscitado, na versão do ex-dirigente leonino, anteriores abordagens.  

Bruno de Carvalho salienta que Jorge Jesus "começou a querer meter-se em todos os assuntos" e que "algumas dessas intromissões" acabaram por custar "muito dinheiro" aos cofres leoninos.