Jorge Jesus admitiu que vai rodar a equipa na partida da Taça de Portugal frente ao Vilaverdense, do Campeonato de Portugal. No entanto, pretende que os jogadores que entrem em campo, na partida desta quarta-feira dos oitavos-de-final da competição, o façam com o máximo respeito pelo adversário. Tal como se estivessem a jogar frente ao FC Barcelona.
"Não posso olhar para este jogo de forma separada. Os jogadores que vão jogar, para nós vão ser os melhores. É natural e normal que joguem jogadores que habitualmente jogam menos, como fizemos em Barcelona, como por exemplo, com o Alan Ruiz. Queremos dar jogos de responsabilidade, porque isto não é a pré-época, para as minhas opções serem cada vez mais competitivas entre elas. Se o Bas Dost não aparecer não quer dizer que estou a dar menos importância ao jogo. Tenho de colocar o Doumbia a jogar e já não tenho pré-época, por isso tenho de o colocar em jogos a doer e isto é um jogo a doer", frisou o técnico do Sporting.
Jesus espera ter pela frente uma equipa ambiciosa e pretende evitar surpresas. "Todas as equipas têm ambição de chegar à final, independentemente de serem equipas de topo ou de divisões inferiores. Na Taça há muitas surpresas, porque é só um jogo e tudo pode acontecer. Por isso é legítimo que equipas como o Vilaverdense queiram estar na final. Temos a responsabilidade de ser melhores que eles. Se o Sporting vencer não se passa nada, mas se não conseguir é a surpresa da Taça. Espero não ficar nesse rol de surpresas da Taça", admitiu.
"Têm jovens jogadores que querem uma oportunidade e tudo isso conta. Estamos focados para este jogo, com todo o respeito pelo Vilaverdense. No futebol não há autocarros. Autocarro só se for para Xabregas. Há posturas táticas ofensivas e defensivas. Mas com tantos golos que marcara no campeonato devem ser uma equipa ofensiva", explicou o timoneiro leonino, sobre o adversário de amanhã, na conferência de imprensa de antevisão do encontro.
Já sobre a estratégia do Sporting, Jesus fez o ponto de comparação com a partida de Barcelona. "Assumimos sempre uma intensidade de jogo muito alta, independentemente de ser com o Barcelona ou com o Vilaverdense. Mas de um lado está o Messi e do outro não. A nossa ideia só é variável nas situações estratégicas. Queremos que o Vilaverdense sinta o poder do Sporting e vamos tentar implementar as nossas ideias, independentemente do valor do adversário. É mais difícil jogar frente ao Barcelona, mas o respeito e as ideias para amanhã terão de ser as mesmas", apontou.
Jesus analisou ainda o sorteio da Liga Europa, que ditou um embate com os cazaques do Astana. "Temos de fazer uma logística muito bem pensada, para dar as melhores condições à equipa na viagem para lá, mas também no regresso. Não é um adversário desconhecido, sabemos o valor deles. Sabemos que há equipas com mais nome, mas na prática isso não significa nada. Vamos disputar uma eliminatória com um adversário que pensa o mesmo que nós: que tem todas as condições de passar à fase seguinte", defendeu o técnico verde e branco.
Por fim, o treinador foi ainda confrontado com as notícias do interesse num regresso de Slimani ao Sporting, abordando já o mercado de transferências. "Todas as equipas do Mundo aproveitam o mercado de inverno para fazer reajustamentos, mas umas têm mais dinheiro que outras. O Slimani é um jogador querido aqui e sabemos que não estar a jogar, mas não temos mais dados para dizer algo factual sobre isso. No entanto, se o quiserem cá eu agradeço", terminou Jesus, entre um sorriso.
