O julgamento do caso do Ataque a Alcochete prossegue, nesta quinta-feira, e a juíza Sílvia Rosa Pires já foi obrigada a 'puxar dos galões' para colocar ordem na sala de audiências.
De acordo com o 'Record', a dado momento, a juíza viu-se obrigada a pedir moderação entre os presentes para que os trabalhos pudessem decorrer dentro da normalidade esperada num tribunal.
"Isto não é para ser um regabofe. Se não querem ouvir, pelo menos não falem", disse a juíza, enquanto falava José Monteiro, militar da GNR que foi ouvido como testemunha neste caso.
O julgamento do processo do ataque à academia de futebol do Sporting, em Alcochete, envolve 44 arguidos, entre os quais o ex-presidente Bruno de Carvalho.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
Bruno de Carvalho, que atualmente trabalha como comentador, Mustafá, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.