Portugal
"Isto é só uma pequena parte das vigarices do Benfica de Luís Filipe Vieira"
2021-01-13 10:15:00
Diretor de comunicação do FC Porto realça que não são faladas para já as "trapalhadas relacionadas com arbitragem"

A notícia de uma alegada investigação realizada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e pela Polícia Judiciária (PJ) ao Benfica foi debatida por Francisco J. Marques na mais recente edição do programa Universo Porto da Bancada.

"Isto é só uma pequena parte das vigarices do Benfica de Luís Filipe Vieira", disse Francisco J. Marques, enquanto mostrava um bloco de folhas e dizia que ainda não estava a mostrar as "trapalhadas relacionadas com arbitragem".

"A seu tempo essas coisas vão ser conhecidas e são absolutamente explosivas. Mas estas também são explosivas", referiu, relatando um alegado episódio em que o empresário César Boaventura terá abordado "em plena via pública" um atleta adversário das águias, supostamente, para este favorecer o Benfica.

"Fez-lhe a sugestão para ele beneficiar o Benfica. É de uma gravidade extrema. Tentaram confrontar o César Boaventura com esta situação mas ele não quis prestar declarações. Mas mal o trabalho foi publicado foi para as redes sociais destratar quem fez o trabalho. Diz bem do tipo de gente que está por trás destas coisas", comentou Francisco J. Marques.

O diretor de comunicação dos azuis e brancos diz que é preciso analisar esta e outras situações para se perceber que "houve pessoas que se apresentavam a jogadores adversários do Benfica como estando a trabalhar para o Benfica a oferecer quantias de dinheiro para facilitarem, para perderem".

"Foram aliciados para beneficiarem o Benfica. No desporto não pode haver pior que isto. Nada pode adulterar a verdade desportiva como uma coisas destas, como corromper um interveniente. Isto deixa de ser desporto e passa a ser crime", disse Francisco J. Marques.

O responsável pela comunicação do FC Porto diz que é preciso avançar com o processo e espera que estas coisas tenham consequências nas instâncias judiciais.

"O que é estranho é que em Portugal andamos a ter a noção, declarações de jogadores em tribunal, reportagens e trabalhos de imprensa muito graves e parece que uma parte do país vai fingindo que isto não acontece. Isto aconteceu e queremos acreditar que não aconteça mas aconteceu. O desporto e o futebol tem de ser capaz de que não volte a acontecer."

A respeito dos mais recentes desenvolvimentos conhecidos, Francisco J. Marques realça que estes permitem tomar conhecimento de novas informações e mais detalhadas.

"Sabemos os pormenores dos valores e qual era o objetivo da oferta. Isto é que é muito importante. A tudo isto junta-se o esquema de dependência de uma série de clubes que são visados. Ao longo destes anos temos lido notícias na comunicação social de Boavista, Belenenses, Vitória de Guimarães". 

Para Francisco J. Marques, "se isto são comportamentos considerados legítimos a competição está adulterada", referiu, esperando que as coisas se possam esclarecer em tribunal.

O Benfica, recorde-se, já reagiu à notícia divulgada no início da semana, considerando que as matérias reveladas pela reportagem são “inverídicas, imprecisas e caluniosas”.