Ricardo, antigo guarda-redes da seleção e embaixador da Liga Portugal, colocou dúvidas quanto à intenção generalizada de se terminar a I Liga até agosto.

Em declarações ao 'Quarentena da Bola', o ex-jogador sustentou que, por mais "precauções e medidas" que se tomem, não é ainda possível antecipar como vai ser a vida depois da pandemia de covid-19.

"Ninguém passou por uma coisa destas, é uma situação excecional", frisou.

O campeonato está suspenso desde 12 de março e, dada a situação de estado de emergência, será virtualmente impossível recomeçar antes de maio.

"Isto é como férias, os jogadores não estão parados, mas é o mesmo tempo que demora de uma época para a outra", argumentou.

Ricardo questionou ainda a hipótese, que terá sido ponderada pela Liga, de juntar todos os clubes no Algarve para se encerrar a época em curso.

"O risco estará em qualquer lado", avisou.

João Tomás, que também participou no programa, tal como Wender, também considerou tal ideia insustentável.

"Juntar o staff de 18 equipas, mais os árbitros, comunicação social, operadoras de televisão... Estamos a falar de milhares de pessoas", reforçou.

Wender, que foi colega de João Tomás do SC Braga, apontou as críticas à realização de jogos à porta fechada.

"Sabemos que o futebol é um negócio, mas para o bem do futebol devia esperar-se para que se possa fazer sem risco ou mesmo alargar a época até dezembro", defendeu o antigo avançado bracarense.