O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, comentou as alegadas suspeitas de irregularidades na transação de futebolistas com o clube brasileiro Tombense, afirmando que todas as “transferências foram feitas legalmente”.
Pinto da Costa afirmou ainda que o FC Porto vai enviar os contratos ao Ministério Público para, “se for verdade [a investigação], não perder tempo e confirmar a veracidade do documento e que todas as transferências foram feitas legalmente”.
“O Evanilson foi comprado ao Tombense, embora estivesse a jogar por empréstimo no Fluminense. O FC Porto não teve nada a ver com o Fluminense. Quando jogava nesse clube, jogava por empréstimo do Tombense”, frisou Pinto da Costa, à margem da apresentação dos resultados consolidados da SAD na época 2020/21, no Estádio do Dragão.
Pinto da Costa afirmou que o FC Porto negociou com o Tombense, “num contrato claríssimo”, que fez questão de exibir, e frisou que “o jogador [Evanilson] já tinha rescindido o empréstimo [com o Fluminense] para vir para o FC Porto”.
“Os outros jogadores que vieram foram o João Marcelo, Caíque e Wesley. Vieram a custo zero, por empréstimo. Infelizmente, dois não vão continuar e, portanto, vão apenas custar a estadia aqui e o ordenado. Não envolveu qualquer verba ou comissão”, assegurou.
O avançado brasileiro Evanilson, de 22 anos, chegou ao FC Porto na época passada, numa transferência por cerca de 10 milhões de euros e participou num total de 29 jogos, tendo marcado quatro golos.
Pinto da Costa aproveitou também para falar sobre as renovações de contrato com jogadores e algumas saídas a custo zero, deixando uma 'alfinetada' ao Benfica por causa de Samaris.
"Há meia dúzia de anos, o Messi sair do Barcelona a custo zero era impensável. É uma evolução. Isto só tem grande relevância porque duas televisões especializadas no FC Porto estão preocupadas com jogadores que saem a custo zero", disse Pinto da Costa, acrescentando: "Quando se contrata um jogador é essencial que o jogador dê rendimento no tempo do seu contrato. Depois, se tivermos lucro na sua saída, melhor".
Em relação ao facto de o jogador não dar lucro no momento da saída, Pinto da Costa não se mostra particularmente preocupado. "Se acabar o contrato e pedir três milhões, que equivale a seis, não renova, porque o clube não pode renovar com um jogador que peça seis milhões, como foi o caso do Herrera".
"Ia tirar palco e assunto às televisões" e, depois, "não podia pagar esses vencimentos, caso contrário qualquer um que terminasse o contrato tinha de pagar seis milhões. Acontecia como com o Benfica. Para não sair a custo, renovou com o Samaris, depois não quis e ainda teve de lhe pagar. É uma mudança de filosofia".