O presidente do Vitória de Guimarães apontou o dedo a Moussa Marega pelo "comportamento provocatório", mas garantiu que, se houve adeptos do clube a insultar o avançado do FC Porto, serão "sancionados".
"Não nos revemos em comportamentos que possam ferir a igualdade de género e de raça no desporto. Se algum dos adeptos do Vitória teve esse comportamento, vamos tomar as medidas correspondentes", começou por referir Miguel Pinto Lisboa.
E seguiu-se um apontar de dedo a... Marega.
"No entanto, parece-nos que houve comportamentos provocatórios de profissionais de futebol e que tenderam a incendiar o espectáculo", salientou o dirigente.
O presidente do Vitória garantiu que, "sinceramente", não se apercebeu dos insultos racistas dirigidos ao maliano do FC Porto.
"Apercebi-me, sim, de uma atitude provocatória de um atleta. Muitas vezes não nos apercebemos de todos os fatores. O estádio tem câmeras, com base nelas tentaremos apurar se houve esses comportamentos e, se houve, vamos sancioná-los, obviamente", complementou.
Questionado sobre um incidente "inédito" no futebol português, Miguel Pinto Lisboa reagiu que "o caso não é inédito".
"Esse atleta já foi do Vitória e já aqui também quis abandonar o campo de jogo e não teve nada a ver com situações de racismo. O atleta em moção tem também o seu perfil", disparou.
"Isso não retira nada do que é o comportamento base, se alguém insultou, se alguém teve um comportamento inadequado de racismo, nem que tenha sido alvo de provocação anterior, nós não nos revemos nisso e condenamos, ponto. Essa é a posição oficial do clube", concluiu o presidente do Vitória de Guimarães.