Portugal
“Hoje fui à padaria e estavam lá pessoas a vender pão...”, diz Carvalhal
2020-05-07 19:00:00
Técnico do Rio Ave relativiza riscos no regresso ao trabalho e lembra que, sem futebol, os clubes ficam em xeque

Carlos Carvalhal está otimista, relativamente ao regresso ao trabalho, e acredita que será possível retomar a I Liga, até porque estão a ser tomadas medidas para que tal suceda sem qualquer perigo para os jogadores.

“Pensamos que é possível. Achamos que há um risco, mas é um risco que podemos correr. Eu hoje fui à padaria e estavam lá pessoas a vender pão... Fui ao supermercado e estavam lá pessoas a vender legumes... A vida continua. E nós não somos diferentes. E ainda temos a vantagem de o nosso desempenho ser ao ar livre”, destacou, em declarações à TVI24, nesta quinta-feira.

O treinador do Rio Ave realça que as autoridades de saúde estão a fazer o seu trabalho e que o futebol soube preparar-se para o momento.   

“Evidentemente, a Direção Geral da Saúde (DGS) terá um papel fundamental para determinar se há condições ou não. Da nossa parte há um plano, que me parece muito bom. Estamos a segui-lo na íntegra”, sublinha.

O técnico lembra que será necessário cumprir uma série de requisitos – desde as orientações que emanam da DGS, aos procedimentos dos clubes, que preveem a realização de testes aos jogadores. E há, acima de tudo, “noção de responsabilidade”.

“Eu sinto essa noção de responsabilidade nos meus jogadores, todos os dias, também”, assinala.

Acresce que o futebol não pode continuar parado, sob pena de o edifício ruir: “Este é um momento importantíssimo do futebol português e nós temos de dizer que estamos aqui, para ajudar os clubes. Se não houver jogos, se não houver televisão, se não houver dinheiro, será tudo muito mau. Nós, profissionais, estamos dispostos a correr esse risco mínimo”.

Carlos Carvalhal revelou que só amanhã serão conhecidos os testes a que os jogadores do Rio Ave. Entretanto, nota no plantel uma vontade enorme de retomar o trabalho.

“O Homem já é um animal de competição. Um atleta é um superanimal de competição e quer... competir. Há um desejo enorme de regressar”, enfatiza.