Bruno de Carvalho concedeu uma entrevista à revista 'Playboy' onde aborda vários temas relacionados com a sua presidência em Alvalade e não esconde a mágoa que guarda por não ter conseguido contratar Cristiano Ronaldo, já que "gostaria" de o ter feito, para que este pudesse voltar ao clube que o formou.

"Mas há uma coisa que eu digo, não tenho dúvida nenhuma que ele acabaria lá a sua carreira", salientou, referindo que tal iria acontecer, se fosse presidente do emblema do leão.

No que respeita a jogadores que se arrepende de ter contratado, Bruno de Carvalho fala em vários deles. 

"Houve tantos. O Douglas, o André, o Ciani", disse, para clarificar que "o Shikabala não foi de todo uma má jogada do Sporting" e justifica.

"Primeiro, porque o clube subiu brutalmente em termos de redes sociais e passou a ser muito conhecido no Egipto e depois porque fizemos dinheiro com ele, entre a compra e a venda, por isso não consigo pôr o Shikabala", referiu, falando ainda de outros reforços que não vingaram em Alvalade quando era presidente.

"Markovic foi um empréstimo e acabou por não resultar. O Joel Campbell, um rapaz extraordinário, ele e o pai, mas acabou por não sair como nós queríamos e com todo o valor que ele tinha. O Barcos acabou por não resultar minimamente. O Ewerton não correspondeu àquele Ewerton que já tinha passado pelo futebol português, portanto há vários jogadores que foram surpreendentes pela negativa. Não estou a dizer pelo feitio ou se são boas ou más pessoas, estou a falar em termos de rendimento desportivo."

Sobre Jorge Jesus, Bruno reitera que as divisões de pensamento entre ambos são 'águas passadas'. 

"Não guardo nenhum rancor específico, já disse aquilo que acho que ele fez de bem e que acho que ele fez de mal, tenho a certeza absoluta que mais cedo ou mais tarde nos havemos de cruzar e não haverá nenhum clima de animosidade."

O antigo presidente leonino explicou ainda que, mesmo já não liderando o clube verde e branco, mantém ligação a vários atletas do emblema de Alvalade. 

"Das modalidades são quase todos, do futebol, bastantes", revelou numa entrevista à revista 'Playboy' onde afastou a possibilidade de abraçar uma carreira política.

"Apesar dos genes que tenho, sendo sobrinho-neto de um antigo Primeiro-Ministro [José Pinheiro de Azevedo], e apesar de a minha infância ter sido toda passada na Assembleia da República, porque a minha mãe trabalhava lá e eu ia fazer os meus discursos para o púlpito do plenário (…)  não me vejo a fazer uma carreira na política."