O primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o regresso do futebol foi limitado à I Liga porque só esta deu as garantias necessárias no âmbito do plano de contenção da pandemia.
Questionado sobre o risco de contágio face à proximidade física durante os jogos, durante uma entrevista à RTP, o governante explicou a decisão de o futebol apenas ser retomado no principal escalão e na final da Taça de Portugal, entre dois clubes primodivisionários (Benfica e FC Porto).
"Foi limitado à I Liga porque é aquela que consensualmente (Federação, Liga e clubes) assumiram que têm as condições técnicas e organizativas para que se cumpram as normas de proteção, de testagem, de isolamento, para que se evite um problema de pandemia entre aquele grupo de profissionais", afirmou.
Aludindo à reunião de ontem, com os presidentes de Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Liga de clubes (LPFP) e de Benfica, FC Porto e Sporting, António Costa responsabilizou as duas entidades organizadoras e os três grandes pela não retoma da II Liga.
"A federação apresentou à Direção-Geral de Saúde um plano sanitário, de prevenção dos riscos. Os três clubes, e eu presumo que falaram em nome de todos, têm um conjunto de compromissos em relaçao a testagem", salientou.
Ainda sobre o regresso do futebol, o primeiro-ministro lembrou que os riscos são diminuídos, face à idade dos jogadores e à prática intensiva de atividade física.
"Estamos a falar de uma atividade onde a medicina no trabalho é particularmente presente e exigente. Os hábitos de controlo estão mais ou menos estabelecidos", finalizou António Costa.